Dados do Trabalho
Título
O ACADÊMICO DE MEDICINA E SUAS VIVÊNCIAS NO CONTATO COM O PACIENTE: O QUE MUDA NA METODOLOGIA PBL
Fundamentação/Introdução
Diversos momentos de vulnerabilidade no campo cognitivo e emocional podem surgir no cotidiano do estudante de Medicina. O ensino médico baseado em metodologias ativas propõe redimensionar os métodos, as práticas, os objetivos e currículos, na busca por humanização no ensino.
Objetivos
Identificar as percepções de acadêmicos de um curso médico baseado no modelo aprendizagem baseada em problemas (PBL) quanto ao seu preparo psicológico, vivências frente ao sofrimento do paciente e situações de embaraço e constrangimento.
Delineamento e Métodos
Estudo longitudinal, prospectivo e descritivo, realizado de 2013 a 2018, com 219 alunos matriculados nas quatro primeiras turmas do curso médico da Universidade Tiradentes, Aracaju, Sergipe, Brasil. Amostra composta por acadêmicos do 1ºano (54), 2º ano (56), 3º ano (50) e 4º ano (54). Aplicou-se questionário semiestruturado de acordo com o período em que se encontravam. Um aluno foi excluído por dados incompletos. Dados avaliados por análise estatística descritiva, bivariada, teste Qui-Quadrado de Pearson e análise de conteúdo categorial. Nível de significância 5%. Os grupos foram avaliados tanto entre si quanto em relação aos extratos da pesquisa atualizada e em igualdade de condições cronológicas do curso. Estudo aprovado pelo CEP/UNIT/CAAE 92477518.7.00005371.
Resultados
Obteve-se do total de 572 questionários devolvidos, 1096 respostas. Total de resposta por categorias analisadas: preparo psicológico do aluno frente ao paciente, 460 (29,9%); envolvimento do aluno diante do sofrimento do paciente, 495 (32,2%); vivencias do aluno em situações embaraçosas, 318(20,7%) e situações constrangedoras durante atendimento clínico, 265(17,2%). Das respostas válidas, 375(81,5%) alunos afirmaram ter preparo psicológico para o contato com o paciente, 204(69,9%) envolveram-se com o sofrimento do paciente, 135 (45,9%) pediram ajuda, 107(33,6%) sentiram-se embaraçados e 72(26,3%) constrangidos
Conclusões/Considerações finais
Observou-se que, a PBL, proporcionou ao estudante contato precoce com o paciente e com as vivências do cotidiano médico. Atribuíram ao Programa de Integração da Estratégia Saúde da Família, as habilidades de comunicação e clinicas e, a influência de professores, o seu preparo psicológico e cognitivo, de forma contínua e progressiva ao longo da graduação. A PBL promove ao estudante mais autonomia, percepção das suas dificuldades e possibilita buscar ajuda mediante as suas necessidades.
Palavras-chave
Aluno de Medicina; ensino médico; comportamento; constrangimento; sofrimento psíquico
Área
Clínica Médica
Instituições
Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil
Autores
Hayanna Cândida Carvalho de Souza, Adozina Marques de Souza Neta, Louise Nader Santos Silva, Larissa Gonçalves Moreira, Durval José de Santana Neto, Leda Maria Delmondes Freitas Trindade