15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Candida auris: a nova ameaça multirresistente das infecções hospitalares

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução
Candida auris (C. auris) é um fungo multirresistente, de difícil diagnóstico, com habilidade de transmissão intra e inter-hospitalar clonal, e possivelmente letal. Emerge como uma preocupação global, com casos confirmados nos 5 continentes e relatos de surtos em múltiplos países.

Objetivos

Objetivos
Realizar uma revisão de literatura sobre o conhecimento atual do patógeno Candida auris.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos
Foi pesquisado na plataforma PubMed o termo “Candida auris”, resultando 284 publicações em inglês nos últimos 5 anos. Desse número foram selecionados 9 artigos para a realização desta revisão. Foram apenas considerados artigos que incluem considerações sobre epidemiologia, virulência, fatores de risco, e resistência.

Resultados

Resultados
É incerta sua incidência e prevalência pela dificuldade diagnóstica. É possível afirmar que a prevalência de C. auris em contexto hospitalar está aumentando globalmente. É comum que C. auris seja confundido com C. haemulonii pela proximidade filogenética. Identificação acurada pode ser obtida pelo uso do matrix-assisted laser desorption/ionization time-of-flight mass spectrometry (MALDI-TOF MS), sequenciamento de loci genético dos domínios 28s rDNA. Estuda-se a possibilidade de utilizar exames PCR específicos para C. auris. Fatores de risco para C. auris são característicos do gênero Candida, que incluem: estado imunossuprimido, presença de comorbidades (em especial Diabetes mellitus), uso de cateter, cirurgia recente, exposição a amplo espectro de antimicrobianos, admissão em unidade de terapia intensiva. Maioria das cepas apresentam concentração inibitória mínima elevada para fluconazol, tornando-as resistentes. Cerca de 30 % das cepas isoladas possuem resistência a anfotericina B, e não-susceptibilidade adquirida a azóis e equinocandinas em taxas variáveis. Cerca de 41% das cepas são resistentes a 2 classes de drogas. O C. auris é capaz de sobreviver em diversos ambientes formando biofilmes, o que indica alto potencial de contaminação de ambiente. Equinocandinas, como em outras candidemias, são recomendadas como primeira terapia. Outra terapia em desenvolvimento é o uso de Ibrexafungerp (SCY-078) oral.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais
O controle da infecção hospitalar por C. auris será um grande desafio para a saúde mundial. É uma ameaça cuja dimensão ainda não é conhecida totalmente.

Palavras-chave

Candida auris

Área

Clínica Médica

Autores

Rodrigo Hiromu Kumagai, Matias Nicolas Pereira Beiras, Emerson Schindler Junior, Eduardo Massaro Yamashita, Lucas Takata de Oliveira, Pietra Spinardi