15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA EM ADOLESCENTE COM LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA: UMA EMERGÊNCIA ONCOLÓGICA

Introdução/Fundamentos

A Insuficiência Respiratória Aguda (IRpAg) é a causa mais comum de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pela Oncologia Pediátrica. Ao contrário da população saudável, esses indivíduos imunossuprimidos são mais afetados por complicações pulmonares graves e potencialmente letais. A ocorrência de IRpAg é considerada por muitos oncologistas como fase terminal da doença e o prognóstico desses pacientes é desanimador, especialmente se exige a realização de Intubação Orotraqueal (IOT). Portanto, o reconhecimento precoce e o início rápido do tratamento são pontos fundamentais para o melhor desfecho desses pacientes.

Objetivos

Relatar o caso de IRpAg em adolescente com Leucemia Linfoide Aguda (LLA) de células T.

Caso

N.G.G, 16 anos, feminina, foi diagnosticada com LLA de células T no dia 14/10/2017. O tratamento quimioterápico foi iniciado e prosseguiu sem intercorrências. No entanto, no dia 05/06/2019 a paciente deu entrada no Pronto Atendimento de um Hospital de Referência do Oeste do Paraná com queixas de dispneia, sintomas gripais e um pico febril (38ºC); ao exame apresentou taquicardia e taquidispneia, saturando 65% em ar ambiente e na ausculta pulmonar evidenciou-se murmúrios vesiculares diminuídos em bases. Solicitou-se Raio-X de tórax que revelou infiltrados em bases bilateralmente. Paciente foi admitida em UTI devido IRpAg grave. Foi realizado broncoscopia que sugeriu processo infeccioso/inflamatório. Após dois dias, paciente evoluiu com piora do desconforto respiratório e rebaixamento do nível de consciência, sendo necessário IOT. Após quinze dias internada a adolescente apresentou bom padrão respiratório, recebeu alta e retornou ao acompanhamento oncológico.

Conclusões/Considerações finais

O paciente pediátrico com neoplasia é imunossuprimido devido a própria doença ou devido ao tratamento quimioterápico. Essa imunossupressão pode causar IRpAg por graves infecções, sendo a pneumonia a doença infecciosa mais frequente. Além disso, o quadro infeccioso é a principal causa de óbito, ficando superior a própria neoplasia. Desta forma, a prevenção de doenças respiratórias e o controle da imunossupressão são fatores decisivos no manejo da doença e no sucesso terapêutico. Nesse sentido, mesmo que o desfecho do caso tenha sido positivo, a IRpAg é uma emergência oncológica e, portanto, o seu conhecimento e adequada assistência são essenciais para a sobrevida do paciente.


Palavras-chave

Leucemia, Emergência e Insuficiência Respiratória

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz - Paraná - Brasil

Autores

Aléxia Degasperin Voigt, Carmem Maria Costa Mendonça Fiori, Aline Carla Rosa, Ana Julia Silva Rodrigues, Luana Turmina, Rita de Cássia Vasconcelos Santos