15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Análise do perfil epidemiológico relacionado a transtornos de condução e arritmias cardíacas na região nordeste em indivíduos com 20 anos ou mais, entre junho de 2015 e junho de 2018.

Fundamentação/Introdução

A arritmia cardíaca é um distúrbio da produção e da condução elétrica das fibras do miocárdio, que provoca anomalias no ritmo e na frequência cardíaca. Existem diversos tipos de arritmias, muitas delas assintomáticas, no entanto algumas podem ocasionar repercussões clínicas e até morte súbita do enfermo, e por isso, faz-se necessário o reconhecimento do perfil epidemiológico desse distúrbio no indivíduo adulto, para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas voltadas para essa população.

Objetivos

Avaliar o perfil epidemiológico de casos relacionados a transtornos de condução e arritmias cardíacas, em indivíduos acima de 20 anos, na Região Nordeste, no período de junho de 2015 a junho de 2018.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa, utilizando-se dados registrados no DATASUS referentes ao perfil epidemiológico dos casos relacionados a transtornos de condução e arritmias cardíacas, em adultos, no período de junho de 2015 a junho de 2018, na região Nordeste.

Resultados

No período entre junho de 2015 a junho de 2018, foram registradas 26.148 internações por transtornos de condução e arritmias cardíacas em indivíduos com 20 anos de idade ou mais na região Nordeste, correspondendo a 14,1% do número de internações do Brasil no mesmo período, sendo a região com a terceira maior incidência de casos no país. Nessa região, o ano com o maior número de internações foi 2016, correspondendo a 32,15% dos casos. A faixa etária mais acometida foi entre 70 a 79 anos, com 26,61%, e houve uma predominância em homens, com taxa de 50,42%, e em indivíduos pardos, com 43,64%. A maioria dos atendimentos foi em caráter de urgência, com taxa de 72,28%. O estado com o maior número de casos foi a Bahia, com 31,32%, e o menor número foi o de Sergipe, com 3,44%. Dos 26.148 pacientes internados, 2.339 (8,94%) foram a óbito. Os indivíduos acima de 80 anos apresentaram a maior mortalidade, correspondendo a 29,84% dos óbitos, principalmente em mulheres (57,3%). Em indivíduos mais jovens, sobretudo aqueles entre 20 e 29 anos, os homens apresentaram uma taxa de mortalidade maior (75,28%).

Conclusões/Considerações finais

De acordo com os dados avaliados, observou-se uma prevalência relevante de casos de arritmias no Nordeste, sobretudo em indivíduos masculinos, pardos, e entre 70 a 79 anos. A taxa de mortalidade foi significativa nessa população, até os 79 anos é maior em homens, porém acima dos 80 anos é maior no sexo feminino.

Palavras-chave

Arritmia Cardíaca. Indivíduo Adulto. Região Nordeste

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil

Autores

Raul Filipe Diniz Azevedo, Matheus Rezende Menezes, Jéssica Oliveira Cunha Barreto, Hayanna Cândida Carvalho de Souza, Beatriz Paraíso Dantas Braz