15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

O impacto do diagnóstico tardio na qualidade de vida do paciente: um relato de caso sobre Urticária Crônica Espontânea

Introdução/Fundamentos

INTRODUÇÃO: A urticária crônica espontânea (UCE) é uma patologia de etiologia desconhecida, mas presumidamente auto-imune. Apresenta prevalência de 0,5% a 1% e incidência de 0,10 a 1,5/100.000 habitantes. Adultos e crianças podem desenvolver urticária crônica, sendo mais comum em adultos; mulheres são duas vezes mais afetadas. A idade média de acometimento é de 30 a 50 anos. É definida como a presença de urticária em quase todos os dias da semana por um período mínimo de 6 semanas que aparecem espontaneamente. A UCE apresenta grande impacto negativo na qualidade de vida de seus portadores, principalmente nas atividades de vida diária e autoestima. Suas lesões se apresentam de formas variadas.

Objetivos

OBJETIVO: O objetivo do presente relato é apresentar um caso de UCE com diagnóstico tardio.

Caso

CASO: T.B.M.S., 19 anos, sexo feminino, antecedente pessoal de asma desde os 8 anos, apresentou quadro de candidíase vaginal tratada com anti-fúngico oral e logo após surgiram manchas avermelhadas pelo corpo. Suspeitou-se de alergia ao medicamento, porém as manchas surgiam espontaneamente sem relação com o uso do medicamento a partir deste momento. Seguiu sem diagnóstico até os 20 anos quando tomou injeção de corticoide por quadro alérgico e ficou 1 mês em remissão do quadro. Após, retornou com sintomatologia exacerbada de angioedema de lábios, olhos e glote. Relacionou-se o uso de anti-inflamatórios não esteroidais à agudização do quadro. Exames laboratoriais dentro dos parâmetros de normalidade com exceção da dosagem sérica de IgE, que foi de 1211 UI/ml.
Foi tentado terapêutica com anti-histamínico bilastina, que foi descartado por ausência de sua eficácia mesmo com o quádruplo da dose comum. A melhora clínica se deu com o uso de imunomodulador para não responsivos – Omalizumab, administrado na paciente após 3 anos da primeira manifestação da doença e inúmeras internações. Após, paciente não faz uso de anti-alérgico e se encontra em remissão da doença.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÃO: Portanto, o caso acima descrito mostra a relação do uso de Omalizumab e melhora na qualidade de vida da portadora de UCE, que atualmente se encontra em remissão. Também pode-se observar que devido a baixa incidência da patologia seu diagnóstico foi tardio, nota-se assim a importância de conhecimento dos sinais e sintomas desta patologia de modo a proporcionar o diagnóstico adequado precocemente e possibilitar melhora da qualidade de vida dos pacientes com o tratamento adequado.

Palavras-chave

Terapêutica; Fatores Imunológicos; Urticária; Qualidade de Vida

Área

Clínica Médica

Autores

Milenna Padovani, Aline Petermann Choueiri Miskulin, Rosana Galli Antunes, Marinei Nogueira Rubez, Anna Luíza Guagliardi Domingues, Luana Augusta dos Santos Costa