15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Título: Perfil clínico de pacientes internados com Sepse em uma unidade semi-intensiva de um Hospital Público Universitário de Brasília, DF

Fundamentação/Introdução

Introdução: A sepse e o choque séptico são condições clínicas de extrema gravidade e de alto impacto nos custos hospitalares.O conhecimento do perfil clínico destes pacientes pode contribuir para melhoria dos serviços e instituição de protocolos de prevenção e manejo da sepse.

Objetivos

Objetivos: avaliar o perfil clínico de pacientes com sepse internados em hospital de referência no período de implementação de protocolo institucional de tratamento da sepse.

Delineamento e Métodos

Delineamento: estudo descritivo, quantitativo, retrospectivo. Métodos: os dados foram coletados entre outubro de 2018 a fevereiro de 2019, no prontuário eletrônico e no protocolo Institucional de sepse da unidade. Foram incluídos os pacientes com critério de Sepse pelo Sepsis 3.0 internados na unidade de terapia semi-intensiva. As variáveis analisadas foram idade, sexo, conhecimento e tratamento de doenças prévias, tempo até procura por assistência, escore qSOFA, lactato da admissão, culturas, uso de antimicrobiano, cristalóide, drogas vasoativas (DVA), inotrópicos, necessidade de ventilação mecânica (VM) e de hemoqtransfusão e mortalidade.

Resultados

Resultados: coletados dados de 30 pacientes, com idade média de 55,26 ± 23,33 anos, com equivalência entre os sexos. O conhecimento de comorbidades prévias e acompanhamento contínuo prévio foi de 17% e 20%. Antimicrobiano de amplo espectro na primeira hora foi instituído em 96,7% dos casos; ressuscitação volêmica com cristaloides com volume ≥ 30ml/kg foi feita em 76,7% da amostra, sendo 93,3% soro fisiológico (SF) 0,9%. O valor médio de lactato na admissão foi de 1,91 ± 0,919 mmol/L. Foi necessário o uso de vasopressores em 46,6% dos casos, inotrópicos em 13,3%, hemotransfusão em 20% e VM em 43,3% da amostra. Entre as hemoculturas, houve predomínio de S. aureus e E. coli entre as uroculturas. A taxa de mortalidade foi de 33,3%. Houve associação significativa entre mortalidade e lactato da admissão > 4 mmol/L (p<,01); necessidade de vasopressor (p<,01); necessidade de inotrópicos (p<,01); glicemia > 180 mg/dL (p<,05) e necessidade de ventilação mecânica (p<,05).

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: a mortalidade da amostra não foi elevada quando comparada à média nacional, podendo corresponder aos efeitos positivos da instituição de um protocolo de sepse no serviço. A necessidade de DVA, inotrópicos e VM foram associados a maior mortalidade. A relação entre mal controle glicêmico e mortalidade chama atenção para o trabalho interprofissional necessário para o manejo destes pacientes.

Palavras-chave

sepse, choque séptico, protocolos clínicos, mortalidade

Área

Clínica Médica

Instituições

Escola Superior de Ciências da Saúde - Distrito Federal - Brasil, Hospital Regional da Asa Norte (SESDF) - Distrito Federal - Brasil

Autores

Giovanni Gonçalves De Toni, Deborá Freire Ribeiro Rocha, Álisson Duarte Martins, Antônio João Santiago, Leticia Jordão Almeida, Nathália Ferigolo Trevisan Ribeiro