15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Cannabis: uma opção terapêutica para doença de Parkinson

Fundamentação/Introdução

A Cannabis foi introduzida na medicina ocidental em 1838, com a descrição de sucesso no tratamento de epilepsia, dores reumáticas e tétano. Em sua composição há mais de 100 fitocanabinóides , dentre eles o Δ9-tetrahidrocanabinol (Δ9-THC) e o cannabidiol. O cannabidiol modula os efeitos do Δ9-THC, produzindo efeitos antiepiléticos, ansiolíticos e antipsicóticos. A levodopa é a primeira escolha no tratamento da doença de Parkinson, no entanto com o uso prolongado sua absorção torna-se errática e surgem efeitos colaterais que limitam sua utilidade. O benefício do uso da cannabis para essa patologia foi descrito em 1888 quando Gowers descreveu seu uso em uma síndrome parkinsoniana. Desde então, devido à densidade dos receptores canabinóides nos gânglios da base, o seu benefício no tratamento de distúrbios do movimento, em especial da doença de Parkinson vem sendo estudado.

Objetivos

Revisar a literatura médica acerca da Doença de Parkinson e atual tratamento com o uso de cannabidiol. Realizar uma revisão histórica sobre o uso de canabidiol e seus benefícios no tratamento de distúrbios do movimento.

Delineamento e Métodos

Revisão de literatura através de buscas na plataforma PUBMED . Foram incluídos estudos que apresentassem os termos “Parkinson’s disease”, “Cannabis” e “Cannabis AND Parkinson’s disease”.

Resultados

A terapia com cannabidiol mostrou-se capaz de reduzir os sintomas psicóticos, os sintomas do transtorno comportamental do sono REM e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com doença de Parkinson, sem piorar os sintomas motores ou causar efeitos adversos. O uso de cannabis em sua forma inalatória também foi analisado, demonstrando benefícios no tremor, rigidez e bradicinesia, além de melhorar significativamente o sono e os scores de dor.

Conclusões/Considerações finais

A doença de Parkinson é o distúrbio do movimento mais comum, afetando 1% da população acima de 60 anos. Apesar da primeira linha de tratamento ser a levodopa, ao longo do tempo sua absorção é errática. Assim, novas linhas de tratamento devem ser estudadas, entre elas o uso do cannabidiol, que vem se mostrando eficaz para reduzir diversos sintomas da doença.

Palavras-chave

Doença de parkinson, Cannabis

Área

Clínica Médica

Autores

Andrezza Mezzalira, Maria Eduarda Lemes da Silva, Tatiane Forlin Menegon, Jorge Luiz Winckler, Marina Mees Kuster, Victoria Satiagraha Weirich Soriano