15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Câncer e Tromboembolismo pulmonar: uma revisão sistemática

Fundamentação/Introdução

O Tromboembolismo Pulmonar (TEP) é uma condição frequente e potencialmente fatal, com amplo espectro de características clínicas e prognóstico variável, frequentemente associada a trombose venosa profunda (TVP), sendo esta uma complicação comum em pacientes com câncer, uma vez que é a segunda principal causa de morte em pacientes com câncer.

Objetivos

Analisar a correlação do TEP e neoplasia maligna além de evidenciar os principais fatores associados e sua terapêutica.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo de revisão sistemática, cujos artigos acerca dos assuntos, foram selecionados através de busca na base de dados do PubMed, de 2016 a 2019, com a estratégia de busca: "cancer and pulmonary embolism". Para a inclusão dos artigos foram selecionados os seguintes critérios: revisão sistemática, relato de caso e ensaio clínico. A análise dos estudos encontrados foi feita de forma descritiva.

Resultados

Os pacientes com câncer possuem problemas na cascata da coagulação podendo se manifestar como trombose, sangramento e coagulação intravascular disseminada, o que reflete no tratamento da doença e na qualidade de vida do enfermo. Ademais, a quimioterapia, terapia antiangiogênica e terapia hormonal concomitante à inserção de cateter venoso central, mostraram aumentar o risco de trombose. Somado a isso, algumas comorbidades como doenças pulmonares e cardiovasculares, cirurgia recente, gravidez e contraceptivos orais podem corroborar de forma significativa para os quadros supracitados. Enfatiza-se, ainda, que a obesidade tem sido relatada como um fator de risco independente para o tromboembolismo venoso. Algumas malignidades estão associadas à maior incidência de TVP/TEP, sendo o câncer de pulmão o mais associado ao aumento de risco dessas afecções. Desse modo, vê-se a necessidade de estratificação de risco antes de iniciar a profilaxia de TVP nesses pacientes, sendo indicada para os de alto risco e em uso de quimioterapia sistêmica.

Conclusões/Considerações finais

Conclui-se que o risco trombótico nos pacientes com câncer se dá pelo próprio tumor e suas consequências. Assim, a prioridade deve ser o desenvolvimento de estratégias de diagnóstico precoce de trombose e de avaliação de risco específico do câncer para identificar e individualizar aqueles que se beneficiam com a profilaxia de TVP, visto que há contraindicações relativas, incluindo trombocitopenia e alto risco de hemorragia.

Palavras-chave

Tromboembolismo pulmonar. Câncer. Profilaxia.

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Medicina Nova Esperança - Paraíba - Brasil

Autores

Marcela Vasconcelos Cunha, Ingryd Gabriella Nascimento Santos, Juliana Barbosa Miranda, Catarina de Lourdes Gesteira Pedreira, Cibelle Amorim Ricarte Oliveira