Dados do Trabalho
Título
HEMANGIOBLASTOMA SEM SÍNDROME DE VON-HIPPEL-LINDAU DESCOBERTO EM PACIENTE EM ESTÁDIO IV DE CÂNCER DE MAMA: UM RELATO DE CASO
Introdução/Fundamentos
Os hemangioblastomas são tumores benignos, altamente vascularizados, que acometem principalmente a fossa posterior, seguida da medula espinhal e esporadicamente regiões supratentoriais. São responsáveis por 2-3% dos tumores primários do sistema nervoso central. Há uma incidência maior no sexo masculino de 2:1. Estes tumores são muitas vezes relacionados com a síndrome de Von-Hippel-lindau. A literatura disponível é escassa, sendo assim existem poucas informações acerca de características, prognóstico e tratamento.
Objetivos
Relatar caso de um hemangioblastoma não associado a síndrome de Von-Hippel-Lindau em paciente com câncer de mama estádio IV tratado com quimioterapia, cirurgia e radioterapia em remissão há 4 anos.
Caso
Paciente feminina, 69 anos, em acompanhamento em hospital pós tratamento de câncer de mama, comparece ao pronto atendimento em 2015 com queixas vagas de ataxia eventual, tontura, mal-estar e incontinência urinária a dois meses, foi solicitado tomografia de crânio a qual revelou um nódulo sólido em lobo frontal direito e um em região parieto-occiptal direita. Nove dias após comparecer ao pronto atendimento, paciente relata início de fraqueza de membros superiores e cefaleia. Um mês depois, apresenta déficit motor em membro inferior direito (força grau IV). Após avaliação neurocirúrgica, suspeita de recidiva e/ou metástase, por isso realizada ressecção da lesão maior com microcirurgia sem intercorrências. Resultado de anatomopatológico revelou hemangioblastoma. Quatro meses após a primeira cirurgia foi optado por realizar ressecção da lesão do lobo frontal, também sem intercorrências. Paciente segue realizando tomografias de controle, as quais vieram negativas para recidiva até o presente momento, 4 anos após as ressecções.
Conclusões/Considerações finais
Hemangioblastomas são tumores benignos raros que apresentam alta taxa de recidiva, acima de 25%. Nosso caso revela um tratamento efetivo com ressecção cirúrgica total com a eventualidade de associação com câncer de mama metastático que inicialmente interferiu nas modalidades possíveis e valores prognósticos, já que havia possibilidade de recidiva, por isso a importância de suspeição de um novo primário, o qual foi tratado com sucesso e após quatro anos se mantém sem doença ativa.
Palavras-chave
Hemangioblastoma, oncologia e novo primário
Área
Clínica Médica
Instituições
Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná - Paraná - Brasil, Faculdades Pequeno Principe - Paraná - Brasil, Hospital Erasto Gaertner - Paraná - Brasil, Universidade Positivo - Paraná - Brasil
Autores
Maria Julia Macedo Bonatto, Emerson Faria Borges, Lais Mileski Schumiguel, Carolina Alvin Pereira, Ana Claudia Buiar, Nils Gunnar Skare