15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

LESÕES ÓSSEAS LÍTICAS: FORMA RARA DE APRESENTAÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA

Introdução/Fundamentos

A Osteíte Fibrosa Cística é uma das apresentações mais comuns de hiperparatireoidismo secundário (HPT2) com alta remodelação óssea. Graus mais avançados de severidade podem se apresentar com fraturas, cistos ósseos de característica lítica, propensos a sangramento, de aspecto marrom, constituindo o Tumor Marrom. O longo tempo de evolução do HPT2 também pode levar a formação de adenomas, constituindo HPT terciário.

Objetivos

Relatar caso de paciente com diagnóstico de tumor marrom na apresentação da osteíte fibrosa cística.

Caso

Paciente feminina, 26 anos, branca, busca atendimento médico por dor em quadril á direita, sem história pregressa de trauma ou queda. História de anemia e amenorréia há 1 ano. Ecografia abdominal mostra rins atróficos e com vários cistos intra-parenquimatosos. Em exames laboratoriais, creatinina 7,2mg/dL, uréia 198mg/dL e anemia importante. Em avaliação nefrológica, apresentando dor em quadril direito, palidez cutâneo-mucosa e inapetência. Exames laboratoriais: creatinina plasmática 16.1 mg/dL, Cálcio 10.2, Ht 15.1% e hemoglobina 5.0, PTH 4.157pg/mL, Instituída terapia renal substitutiva. Investigação para glomerulopatias associadas a doenças sistêmicas e para anemia sem achados dignos de nota. Tomografia contrastada (TC) de abdome e pelve mostra lesão lítica cística em ilíaco e fratura no ísquio á direita. TC de crânio com importante reabsorção óssea com aspecto de “sal e pimenta”. Radiografia de mãos com aspecto em “ponta de lápis” em extremidades digitais. Ecografia cervical com nódulos com 1.7 e 1.1cm compatíveis com adenomas de paratireóide. Foi estabelecido o diagnóstico de tumor marrom na apresentação da osteíte fibrosa cística.

Conclusões/Considerações finais

A apresentação da doença renal crônica por complicações ósseas é decorrente de atraso diagnóstico, e raramente tem sido descrita na atualidade. É importante que o diagnóstico seja precoce a fim de evitá-la.

Palavras-chave

lesões ósseas líticas; doença renal crônica

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Católica de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Luciana Corrêa de Barros Cevenini, Livia Katz Santo, Maristela Böhlke