15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

MELHORA DA FUNÇÃO COGNITIVA POR USO DE AMANTADINA EM PACIENTES PÓS TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO GRAVE

Fundamentação/Introdução

O Trauma Cranioencefálico (TCE) grave, definido como qualquer trauma de crânio com uma pontuação igual ou abaixo de 8 na Escala de Coma de Glasgow (ECG), possui uma taxa de mortalidade entre 20 e 40%, outros 20% dos pacientes permanecem com graves sequelas, muitas delas irreversíveis. As lesões cerebrais secundárias estão associadas a um metabolismo cerebral deficitário, hipóxia e isquemia. Através da compreensão desses mecanismos de lesão celular secundários ao TCE, houveram grandes avanços nas pesquisas por intervenções medicamentosas. Nesse sentido, a amantadina se mostra promissora, podendo gerar um efeito neuroprotetor logo após a lesão (minimizando danos) além de melhorar recuperação em casos já cronificados. Assim, esse estudo mostra-se necessário para analisar os avanços da intervenção no paciente com sequelas, buscando ratificar uma possível melhora da função cognitiva.

Objetivos

Descrever as características da Amantadina sobre a melhora da disfunção cognitiva relacionada ao trauma craniocefálico grave.

Delineamento e Métodos

Revisão de Literatura sobre o uso de Amantadina em TCE com a finalidade de melhora cognitiva. Foram selecionados 15 artigos das bases de dados Scielo, Ebsco e Google Acadêmico com os descritores “Amantadina", “TCE" e “Cognição”, nos idiomas português, inglês e espanhol.

Resultados

Houve prevalência do efeito neuroprotetor da Amantadina quando usada precocemente diante do paciente com injúria traumática do encéfalo, além da melhora da avalição comportamental nos aspectos de apatia e desmotivação. Os estudos mostram que o uso da medicação em doses como 200-400mg por dia, que mantenham os níveis plasmáticos relevantes, podem obter uma melhora da disfunção cognitiva causada pelo trauma. A medicação aumenta concentração de dopamina nas transmissões sinápticas, melhorando os sintomas depressivos causados pela limitação sofrida pelo paciente sobre o córtex motor, além de tratar a agressividade, sintoma que está associado a uma grande quantidade dos casos. Foi demonstrada uma diferença significativa entre a Amantadina e o placebo, demonstrando que o uso da medicação aumenta o metabolismo encefálico trazendo mudanças do estado cognitivo e até mesmo vegetativo dos pacientes com lesão grave do cérebro.

Conclusões/Considerações finais

A Amantadina se mostra eficaz na melhora tanto da função cognitiva, quanto da avaliação comportamental, sendo também um meio seguro de reduzir a irritabilidade e a depressão relacionadas ao TCE. Logo, demonstra uma importante aplicabilidade clínica no trauma cranioencefálico grave.

Palavras-chave

Amantadina; Trauma Cranioencefálico; Função Cognitiva.

Área

Clínica Médica

Autores

Rafael Pereira de Amorim, Gracielle Fernanda dos Reis Silva, Thainy Corrêa Beluco, João Pedro Gomes, Jonatha Cajado Menezes