15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

IMUNIZAÇÃO CONTRA VÍRUS INFLUENZA: UM PANORAMA SOBRE A COBERTURA VACINAL EM IDOSOS NO RIO GRANDE DO SUL

Fundamentação/Introdução

A Influenza ocorre em surtos distintos de extensão variada a cada ano. Esse padrão epidemiológico reflete a natureza mutável dos vírus Myxovírus influenzae. Sua disseminação depende, entre outros, da transmissibilidade do vírus e a suscetibilidade da população, nesse sentido os idosos estão no grupo de pessoas que possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à infecção por influenza. Mesmo quando a eficácia da vacina é baixa, a vacinação provavelmente evita hospitalizações na terceira idade.

Objetivos

Identificar e analisar os dados referentes a cobertura vacinal contra o vírus influenza, número de internações e óbitos por gripe na população com mais de 60 anos, no período de 2014-2018 no Rio Grande do Sul.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal, descritivo, com dados secundários obtidos através da base do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) na sessão de informações sobre saúde TABNET. Os dados referem-se ao número de idosos que receberam a dose da vacina contra o vírus influenza, internações e óbitos pela doença no período de 2014-2018 no estado do Rio Grande do Sul.

Resultados

Segundo censo demográfico brasileiro, no período de 2014 a 2018 houve um crescimento na população idosa na região sul de 701.999 idosos 18,28%. Quanto a cobertura vacinal do vírus influenza, as doses aplicadas nos idosos tanto em campanha como fora dela diminuíram drasticamente no estado do Rio Grande do Sul. No período, os anos que mais declinaram foram 2017 com 2847 doses e 2018 com 466 doses, comparados a 2016 com 18.926 doses, 2015 com 13.705 doses e 2014 com 27.311. Quanto as internações com CID para influenza e óbitos pela doença não apresentam grandes alterações, mas mesmo assim evidenciam uma queda; 2014 mostrou 1018 internações e o maior número de óbitos, 150; 2015 teve 960 internações e 121 mortes pela doença; 2016 apresentou 888 internações seguido de 2017 com 736; já 2018, ano com menores taxas da vacina, apresentou 719 internações e 104 óbitos, um aumento de 18 óbitos 20,93% em relação ao ano anterior

Conclusões/Considerações finais

A relevância da análise baseia-se no fato de que o vírus influenza é potencialmente danoso no idoso e facilmente prevenido com a vacinação. Houve um decréscimo no número de doses aplicadas, conquanto, houve um aumento de idosos na população, há uma lacuna a ser preenchida, a informação sobre a doença e seus riscos são muito importantes para que a adesão dos pacientes seja satisfatória e que as políticas públicas da saúde sejam efetivas em todos os grupos sociais.

Palavras-chave

vírus influenza, vacinação, idoso;

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Católica de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Rafaela Catto, Bruna Bassi Michel, Alan Augusto Patzlaff, Léia Rigo Mezalira, João Hélio Alves Marciano Neto