15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

TUMORES HIPOFISÁRIOS EM CRIANÇAS: SÉRIE DE CASOS

Fundamentação/Introdução

FUNDAMENTAÇÃO/INTRODUÇÃO
Os tumores da glândula hipófise são raros durante a infância, com prevalência reportada de até um caso por milhão de crianças. Embora incomuns, esses tumores podem aparecer na faixa etária pediátrica, desafiando os profissionais de saúde devido às suas características clínicas inespecíficas, o que pode retardar o diagnóstico, levando à desfechos desfavoráveis ao paciente.
Há poucos estudos na literatura científica relatando o perfil dos tumores hipofisários em crianças e adolescentes, reforçando a importância da descrição e análise de tais casos.

Objetivos

OBJETIVOS
Relatar o perfil dos tumores hipofisários em crianças e adolescentes.

Delineamento e Métodos

DELINEAMENTO E MÉTODOS
Foi realizada análise retrospectiva de todos os tumores hipofisários, tratados cirurgicamente em nossa instituição, de 2012 a 2018. Todos os pacientes com idade inferior a 18 anos, no momento do procedimento cirúrgico, foram selecionados. Dados como sexo, idade, tamanho do tumor, invasão de estruturas adjacentes, produção hormonal, características histopatológicas, sintomas, tempo desde os primeiros sintomas até o diagnóstico e evolução pós-operatória foram avaliados.

Resultados

RESULTADOS
Após a análise retrospectiva, foram identificados 263 tumores de hipófise tratados cirurgicamente em nossa instituição no período selecionado. Deste total, doze pacientes preencheram os critérios de inclusão do estudo (4,56%). A maioria dos tumores ocorreu em pacientes do sexo masculino (75%), com média de idade de apresentação de 14 anos de vida. Onze pacientes apresentavam adenoma hipofisário, sendo a maioria macroadenomas. Um paciente teve um linfoma primário da hipófise. Entre os pacientes com adenomas, três eram prolactinomas, seis eram adenomas não funcionantes e três tinham doença de Cushing. Apesar da variedade de características hormonais, as queixas mais frequentes foram a falência do crescimento e a puberdade tardia, incluindo a paciente com linfoma hipofisário. Houve um tempo médio de nove meses entre os sintomas iniciais e o diagnóstico do tumor na hipófise.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora raros, os tumores hipofisários devem ser lembrados em crianças, especialmente naqueles com falha de crescimento. Um esforço interdisciplinar, especialmente com a endocrinologia e pediatria, é fundamental, para estabelecer um diagnóstico precoce e preciso, aumentando as chances de cura cirúrgica.

Palavras-chave

PALAVRAS CHAVE: adenoma, linfoma, hipófise, criança, pediátrico, endonasal

Área

Clínica Médica

Autores

Danielle de Lara, Thiago Branco Sonego, João Guilherme Brasil Valim, Louise Bruns Willrich