Dados do Trabalho
Título
Verificação do uso de medicamentos sem prescrição por estudantes de dois cursos da escola de humanidades de uma universidade privada
Fundamentação/Introdução
A automedicação é uma prática comum em nossa sociedade. No entanto, não é isenta de problemas e riscos, devendo-se ter muita cautela para que a aplicação clínica dos fármacos não seja feita de maneira indiscriminada.
Objetivos
O objetivo deste estudo consistiu em conhecer o perfil da automedicação entre os estudantes dos cursos de graduação em Física e História de uma universidade privada do sul do Brasil, bem como os fatores influenciadores e os fatores de risco associados a tal prática.
Delineamento e Métodos
Foi realizado um estudo transversal, descritivo, de delineamento quantitativo, em que participaram um total de 151 estudantes, os quais responderam um questionário semiestruturado e auto aplicado, contendo questões de múltipla escolha e discursivas sobre variáveis sociodemográficas e clínicas, bem como o perfil da prática de automedicação nos últimos 12 meses.
Resultados
A prevalência de automedicação entre os estudantes foi de 88%. Os medicamentos mais utilizados foram anti-inflamatórios (42%), analgésicos (20%) e anti-histamínicos (10%) e os sintomas mais comuns que levaram a automedicação foram: dor de cabeça, dor de garganta, gripe e resfriado. Houve associação entre automedicação e participação em plano de saúde, bem como a forte influência de familiares e amigos nessa prática. Aproximadamente 1 em cada 4 estudantes tiveram algum tipo de reação adversa ou inesperada com a automedicação.
Conclusões/Considerações finais
Os resultados obtidos convergem para a necessidade de traçar mais medidas orientativas e eficazes junto à população de estudo no combate ao uso irracional de medicamentos e campanhas de conscientização sobre os riscos da automedicação não orientada.
Palavras-chave
Automedicação, Estudantes, Educação Superior.
Área
Clínica Médica
Autores
Carolina Dorigon Bantle , Fernanda Ostrovski Sales