15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO POPULACIONAL SOBRE FOTOEXPOSIÇÃO E USO DOS PROTETORES SOLARES NA PREVENÇÃO DAS NEOPLASIAS DE PELE COM BASE NA RENDA DOS ENTREVISTADOS

Fundamentação/Introdução

As neoplasias de pele são as mais recorrentes no Brasil, destacando-se a exposição à radiação ultravioleta como principal fator de risco.

Objetivos

Analisar, através de um questionário validado, o conhecimento da população sobre o horário mais adequado de exposição ao sol, e as diferenças e frequências de aplicação do protetor solar com base na renda média dos entrevistados.

Delineamento e Métodos

Configurou-se como uma pesquisa de campo, de natureza observacional, com objetivo exploratório e abordagem quantitativa. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do Centro Universitário de Maringá.

Resultados

Ao todo foram entrevistados 154 indivíduos, dos quais 29,22% eram homens e 70,78% eram mulheres; estes, foram analisados quanto à sua renda. Sobre o horário mais adequado de exposição ao sol, acentuada discrepância foi evidenciada: 100% dos entrevistados com renda acima de 9 salários mínimos afirmaram saberem sobre o horário mais adequado de exposição ao sol, em discordância aos que ganham entre 1 e 9 salários mínimos, no qual 80,92% afirmaram não saber sobre o período mais apropriado de exposição ao sol. Quando perguntados sobre as diferenças entre os fatores de proteção solar, dado interessante foi revelado: todos os indivíduos com renda de 12 a 15 salários mínimos afirmaram conhecer as diferenças entre os protetores, enquanto apenas um pouco mais da metade (53,85%) dos entrevistados com até 1 salário mínimo sabiam essa diferença. Quando questionados sobre a frequência de aplicação do protetor solar, 66,67% com renda maior que 15 salários mínimos nunca usam o protetor solar e apenas 33,33% deles o aplicam pelo menos uma vez ao dia. Em contrapartida, 38,46% dos entrevistados com até 1 salário mínimo fazem o uso do protetor solar pelo menos uma vez ao dia, e apenas 23,08% nunca o aplicam. Além disso, em relação aos indivíduos com renda entre 3 a 6 salários mínimos, 12,96% deles revelaram que nunca usam o protetor solar e 44,44% fazem o uso pelo menos uma vez ao dia.

Conclusões/Considerações finais

Pôde-se observar uma grande divergência quanto à renda entre os entrevistados no que toca à fotoexposição e ao uso do protetor solar. Observou-se que aqueles com salários maiores apresentam maior conhecimento, mas que ainda assim, são os que menos fazem o uso do protetor solar, e o contrário ocorre para os entrevistados de baixa renda. Tal situação ressalta a importância de promover ações que conciliem informações à população com práticas reais de prevenção.

Palavras-chave

Neoplasia cutâneas; Fotoexposição e proteção solar; Prevenção primária e secundária;

Área

Clínica Médica

Autores

Mariana Bussaneli Martins, Ana Flávia Cury Ivantes, Karin Juliane Pelizzaro Rocha-Brito, Carlos Felipe Pasquini de Paule