Dados do Trabalho

Título

Retrato da AIDS no Brasil: casos de AIDS identificados nos últimos dez anos

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamentos: Em 1981, os primeiros casos da síndrome da imunodeficiência humana (AIDS) foram descritos em Homossexuais e, a partir daí, tomou o mundo. Definida como uma doença crônica causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), a AIDS é uma doença letal acarretada, principalmente, pelo déficit do maquinário imunológico. Dados do Ministério da Saúde apontam o Brasil como o segundo lugar em notificações, com números superiores a 685 mil casos desde 1980.

Objetivos

Objetivo: averiguar o perfil epidemiológico dos casos de HIV/AIDS no Brasil de 2008 até junho de 2018.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Estudo transversal retrospectivo de 2008 até junho de 2018, com base nos dados do Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net considerando a região e o ano de notificação, associado ao levantamento bibliográfico nas plataformas Pubmed e Scielo.

Resultados

Resultados: no período de dez anos, temos uma certa constância nos casos de AIDS identificados no Brasil. A soma de todos os anos é de 424.747 casos. No ano de 2008 tivemos 40.857 casos (9,6%), 2009 com 40.732 (9,59%), 2010 com 40.292 (9,49%), 2011 com 42.273 (9,95%), 2012 com 42.184 (9,93%), 2013 com 43.269 (10,2%), 2014 com 42.122 (9,92%), 2015 com 40.649 (9,57%), 2016 com 39.107 (9,2%), 2017 com 37.791 (8,9%) e 2018 com 15.471 (3,64%), sendo este último com dados até o dia 30/06/2018. A região sudeste lidera o número de notificações nos últimos dez anos com 116.043 (27,3%) dos casos, seguida pelas regiões sul com 66.978 (15,8%) casos, nordeste com 58.885 (13,9%) casos, norte com 24.194 (5,7%) e centro-oeste com 20.763 (4,9%). Os números de casos diagnosticados ignorados nesses dez anos somam 137.884 (32,5%).

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Os dados obtidos até o momento evidenciam que os casos diagnosticados de AIDS no Brasil nos últimos dez anos decrescem lentamente e, medidas de saúde pública devem ser instituídas para que os pacientes não contraiam HIV, contudo, caso contraiam, tenham uma maior qualidade de vida para que seu estado imunológico perdure por mais tempo, tendo em vista que a maioria dos pacientes estão em idade economicamente ativa e reprodutiva. Além disso, liga-se o alerta para a quantidade de casos ignorados.

Palavras-chave

AIDS, HIV, BRASIL

Área

Clínica Médica