15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Fatores de risco para Diabetes Mellitus tipo 2 e repercussões metabólicas no paciente não tratado, no Rio Grande do Sul, Brasil.

Fundamentação/Introdução

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é um distúrbio resultante da produção insuficiente ou da resistência à ação da insulina, consequência de um estilo de vida inadequado. A doença é, em sua maioria, pouco sintomática e, por isso, pode passar despercebida por muitos anos, ficando sem diagnóstico e tratamento, o que favorece a ocorrência de complicações cardiovasculares e renais.

Objetivos

Analisar a prevalência de diabetes mellitus, principalmente do DM2, bem como suas causas. Outrossim, verificar as consequências da negligência ao tratamento.

Delineamento e Métodos

Estudo retrospectivo, descritivo e exploratório com caráter quantitativo, no qual foram empregados dados relativos ao número total de indivíduos com DM1 e DM2. Posteriormente foram empregados dados relativos somente ao DM2. Ademais, foram coletados dados referentes as causas e complicações da doença. Tais informações foram coletadas do DATASUS do Ministério da Saúde – Tabnet, no período de janeiro de 2002 a abril de 2013.

Resultados

Estima-se que no Rio Grande do Sul 20.491 pessoas possuem diabetes mellitus. Desses, cerca de 74,70% (n=15.308) possuem diabetes do tipo 2. Dentre os fatores de risco para DM2, o sedentarismo encontrou-se presente na maior parte dos casos, representando 46,97% (n=7.191). Em sequência, o excesso de peso é representado por 40,63% (n=6.221) dos casos e o tabagismo por 19,21% (=2.941) dos casos. O diabetes mellitus tipo 2, quando não tratado adequadamente, evolui para casos mais graves, incluindo doenças renais com 676 casos, sendo essa a complicação mais prevalente, seguida de pé diabético com 583 casos, infarto agudo do miocárdio com 486 casos e acidente vascular cerebral com 296 casos.

Conclusões/Considerações finais

Com base nos resultados encontrados, é possível observar que o diabetes tipo 2 possui alta prevalência no período estudado e que o referido estudo intitula-se como base para os estudos atuais. Nesse sentido, pode-se inferir a necessidade de mais atenção para a prevenção primária a saúde, visto que a população encontra-se em uma época de alimentos ultraprocessados e de “fast-food”, além do fato de boa parte dos indivíduos serem sedentários e possuírem excesso de peso, o que contribui para a presença da doença. Quanto às complicações, as doenças renais e o pé diabético são as consequências comumente encontradas no diabetes descompensado.

Palavras-chave

Resistência à insulina; Sobrepeso; Nefropatias; Doenças cardiovasculares.

Área

Clínica Médica

Autores

Acauã Ferreira da Cunha, Vanize Priebe Sell, Lucas Rodrigues Mostardeiro, Leandro Diesel, Refael Pelissaro, Miriam Rejane Bonilla Lemos