15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PNEUMONIA EOSINOFÍLICA CRÔNICA – UM RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

A Pneumonia Eosinofílica (PE), também conhecida como síndrome do infiltrado pulmonar com eosinofilia, é uma síndrome rara e heterogênea, que é classificada de acordo com a cronicidade e a etiologia em aguda (PEA) ou crônica (PEC) e também em primária (idiopática) ou secundária.

Objetivos

Relatar o caso de um paciente com diagnóstico de Pneumonia Eosinofílica Crônica após manejo para pneumonia da comunidade sem melhora.

Caso

Paciente masculino, 56 anos, analista de sistemas, natural e procedente de Cachoeira do Sul, morador de zona urbana. Portador de Asma, Hipertensão Arterial Sistêmica e Dislipidemia. Tabagista em abstinência há 14 anos, 1,3 maço/ano, com histórico familiar de Câncer de Pulmão. Uso domiciliar de Sulfato de Salbutamol, Clortalidona, Succinato de Metoprolol e Ciprofibrato.
Apresentou-se ao atendimento médico devido queixas de mialgia, sudorese noturna e dispneia há 1 mês e meio, além de episódio febril aferido em 38,5ºC, três dias após o atendimento inicial. Não apresentava alterações ao exame físico, com ausculta pulmonar normal. Durante o atendimento, foi submetido à Radiografia de Tórax. Devido achados ao exame de imagem, recebeu manejo em regime hospitalar para Pneumonia Bacteriana da Comunidade. Após a alta hospitalar, durante seguimento ambulatorial, ainda com os sintomas previamente apresentados, realizou nova Radiografia de Tórax que demonstrou consolidação bilateral. Prescrito manejo com Doxicilina por 14 dias. No 11º dia, iniciou manifestações clínicas de sudorese noturna, tosse seca frequente e dispneia em repouso, principalmente à noite.
Foi admitido em regime de internação hospitalar para investigação do quadro clínico. Hemograma com 8530/mm³ leucócitos e 563/mm³ eosinófilos (6,6%). Realizou Tomografia Computadorizada de Tórax com contraste, demonstrando opacidades consolidativas com broncogramas aéreos em terços médios e inferiores de ambos os pulmões, sugestivas de processo inflamatório, pequenos linfonodos hilares e em cadeira subcarinal, medindo até 1 cm. Fibrobroncoscopia não demonstrou alterações endobronquicas sendo realizada biópsia transbrônquica. Os achados histopatológicos foram compatíveis com pneumonia eosinofílica.
Foi estabelecido o diagnóstico de Pneumonia Eosinofílica Crônica. Procedeu-se com o manejo clínico ambulatorial com corticoides sistêmicos e sintomáticos.

Conclusões/Considerações finais

O relato de caso compreende uma apresentação rara pneumológica, com quadro clínico, radiológico e anatomopatológico compatível com Pneumonia Eosinofílica Crônica.

Palavras-chave

Eosinofilia pulmonar, corticosteróides, dispneia, pneumonia.

Área

Clínica Médica

Autores

Alexandre Laisson Prado Taschetto, Paola Peretto Duarte, Andressa Noal, Mariah Gimenis, Gustavo Köhler Homrich