15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

TEMPESTADE TIREOIDIANA APÓS RESSECÇÃO DE ADENOMA HIPOFISÁRIO SECRETOR DE TSH: UM RARO DESAFIO

Introdução/Fundamentos

FUNDAMENTAÇÃO/INTRODUÇÃO
Tireotropinomas são tumores muito raros, sua incidência é de cerca de 0,5% a 2% de todos os adenomas hipofisários. A ocorrência de tempestade tireoidiana causada por esses tumores é extremamente atípica, o que torna esse cenário de difícil diagnóstico e manejo, motivo pelo qual relatamos esse caso.

Objetivos

OBJETIVOS
Relatar um caso raro de tempestade tireoidiana causada por um adenoma produtor de TSH em uma mulher de 27 anos de idade, atentando para a abordagem que levou ao diagnóstico assim como o manejo da condição supracitada.

Caso

CASO CLÍNICO
Paciente do sexo feminino, 27 anos, procurou inicialmente o ambulatório geral com queixas de insônia, sudorese excessiva e queda de cabelo. Os exames de sangue mostraram secreção inapropriada de TSH com TSH sérico: 38,14 μU / mL e T4 livre: 0,49 ng / dL. Ela foi inicialmente tratada para hipotireoidismo pelo clínico geral. Três meses após o início do tratamento, novos testes de função tireoidiana evidenciaram níveis basais de T3: 19,23 ng / dL, T4: de 28,2 ng / dL e TSH sérico de 323,4 μU / mL. Ela foi então encaminhada para o Departamento de Endocrinologia, sendo solicitados novos perfis laboratoriais e exame de imagem.
A ressonância magnética (RM) revelou um macroadenoma hipofisário, estendendo-se até a cisterna suprasselar, com diâmetro máximo de 16mm. A paciente foi encaminhada ao Departamento de Neurocirurgia, sendo proposta abordagem cirúrgica da lesão. A mesma foi admitida no hospital e uma ressecção endoscópica transesfenoidal endonasal foi realizada. A cirurgia transcorreu sem intercorrências, mas um dia após o procedimento, a paciente apresentou confusão mental, hipertermia, hipertensão e taquicardia. O diagnóstico de tempestade tireoidiana foi estabelecido e manejado com sucesso com propranolol, esteróides, midazolam e iodeto de potássio. A análise imuno-histoquímica do tumor foi positiva para TSH e Prolactina. Os exames de sangue pós-operatórios mostraram níveis de TSH, fT4 e Ft3 retornados às linhas basais.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os tireotropinomas são tumores muito incomuns e a tempestade tireoidiana relacionada a eles é ainda mais rara. Embora extremamente infrequentes, os tireotropinomas devem ser considerados como causa da tempestade tireoidiana. Avaliação e manejo multidisciplinar são fundamentais para uma boa evolução.

Palavras-chave

PALAVRAS CHAVE: tireotropinomas, tempestade tireoidiana, adenoma, endonasal

Área

Clínica Médica

Instituições

Furb - Santa Catarina - Brasil

Autores

Danielle de Lara, Thiago Branco Sonego, João Guilherme Brasil Valim, Anna Flávia Campedelli Arcoverde, Bruna Tamara Suzane Paganelli