Dados do Trabalho
Título
Prevalência e perfil de suscetibilidade de Staphylococcus aureus isoladas de acadêmicos e profissionais da área da saúde da cidade de Araguaína - TO.
Fundamentação/Introdução
Staphylococcus aureus é o patógeno bacteriano mais frequente nos ambientes comunitários e hospitalares, associado a várias formas de infecções, pode apresentar ampla resistência aos antimicrobianos, especialmente no ambiente hospitalar. Portanto, as infecções hospitalares associadas a resistência aos antimicrobianos resultam em graves riscos à saúde dos pacientes e da comunidade, representando uma preocupação mundial na área da saúde, envolvendo questões de ordem judicial, ética e social.
Objetivos
Coletar, cultivar e identificar Staphylococcus aureus em amostras de mãos e mucosa nasal de acadêmicos de medicina e profissionais da saúde no Hospital Regional de Araguaína (HRA). Avaliar a prevalência da colonização pelo S. aureus nos grupos amostrados. Avaliar os padrões de sensibilidade das linhagens isoladas, frente aos fármacos antimicrobianos de uso comum.
Delineamento e Métodos
Pesquisa de campo, sendo um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. Aprovado pelo Comitê de Ética, (CAAE: 85499418.0.0000.0014).
Resultados
Foram analisados 188 isolados, dos quais 53 foram identificados como S. aureus, dos quais 38 (72%) foram obtidos da cavidade nasal e 15 (28%) das mãos dos participantes da pesquisa; os participantes foram divididos em 3 grupos: grupo controle, acadêmicos do 11º período de medicina e profissionais da área da saúde, nesses grupos a prevalência de S. aureus foi de, respectivamente, 23%, 43% e 25%. Entre as cepas de S. aureus, 23% mostraram-se resistentes a Cefoxitina, pertencendo ao grupo MRSA, 91% foram resistentes à Penicilina; 64% à Azitromicina e 30% à Amoxicilina e ácido clavulânico; 25% apresentaram sugestiva resistência a Vancomicina. Quanto ao grupo de participantes: profissionais da saúde, foi possível notar a correlação entre o tempo de serviço e a colonização pelo S. aureus, apenas profissionais com mais de 05 anos de tempo de serviço tiveram isolados identificados como S. aureus, equivalente a 06 amostras cultivadas. Contudo, não foi possível relacionar a presença de MRSA com a prática hospitalar desses indivíduos.
Conclusões/Considerações finais
A pesquisa, em consonância com a literatura, observou maior colonização da cavidade nasal, especialmente em profissionais de saúde com maior tempo de serviço, destacando-se o perfil de resistência desses microrganismos, sendo 22,61% resistentes à Cefoxitina e, portanto, classificados com MRSA. Ademais, também foi constatado a resistência a outros antimicrobianos, reforçando a importância de se ter cautela ao iniciar uma antibioticoterapia empírica.
Palavras-chave
Antibiótico; Colonização; Prevalência; Resistência; Saúde; Staphylococcus aureus;
Área
Clínica Médica
Instituições
Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos - Tocantins - Brasil
Autores
João Victor Pereira Gomes, Anna Carolina Pereira Gomes, Emanuela Nóbrega da Silva, Amanda Sakaguthi Figueiredo, Ricardo Consigliero Guerra, Iangla Araújo de Melo Damasceno