Dados do Trabalho
Título
PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HANSENÍASE NO BRASIL
Fundamentação/Introdução
INTRODUÇÃO/FUNDAMENTOS: A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa e com alto poder incapacitante. O Brasil possui alta carga para a moléstia, sendo o segundo com o maior número de casos novos registrados no mundo.
Objetivos
OBJETIVOS: Analisar o perfil clínico e epidemiológico dos novos casos de hanseníase no Brasil
Delineamento e Métodos
DELINEAMENTO/MÉTODOS: Estudo descritivo dos novos casos de hanseníase no Brasil, no período de 2014 a 2017. Os dados foram extraídos do Sistema de Informações de Agravos e Notificações (SINAN) e analisados com o auxílio do programa Excel 2013.
Resultados
RESULTADOS: Entre 2014 a 2017 o Brasil registrou 85.040 novos casos de hanseníase, taxa média de detecção de 12,85 em 2017. Entre estes, 47.058 ocorreram no sexo masculino, correspondendo a 55,3% do total. O sexo masculino também foi o mais acometido em todas as faixas etárias, principalmente entre 35 a 64 anos. Em relação à proporção de casos novos com grau 2 de incapacidade física, o estudo revelou que houve um aumento de 25,75%. Quanto à forma clínica, 43% apresentavam a forma dimorfa, 16,6% tuberculoide, 16,27% virchowiana, 14,75% indeterminada. Em ambos os sexos prevaleceram a forma dimorfa. Quanto à classificação operacional 69,08% eram multibacilares e 30,87% paucibacilares, com predomínio do primeiro em ambos os sexos. Avaliando a quantidade de lesões cutâneas, em ambos os sexos predominaram de 2 a 5 lesões, já em relação ao número de nervos, houve a média de até 5 nervos acometidos em ambos os sexos. A análise dos indicadores por macrorregião mostrou que a região Nordeste exibiu o maior número de casos (43,6%), seguida das regiões Norte (19,1%), Centro-Oeste (18,9%), Sudeste (14,19%) e Sul (3,36%). Com exceção da região Sul, todas apresentaram maiores taxas de detecção em homens. Quanto à faixa etária, os pacientes com 35 a 49 anos foram os mais acometidos nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste, já nas regiões Sudeste e Sul os pacientes com 50 a 64 anos. Se tratando das características clínicas em todas as regiões a forma dimorfa, multibacilar, presença de 2 a 5 lesões e menos de 5 nervos acometidos foram os mais diagnósticados.
Conclusões/Considerações finais
CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A taxa de detecção foi maior no Nordeste, as características clínicas prevalentes foram: forma dimorfa, multibacilar, presença de 2 a 5 lesões e menos de 5 nervos acometidos. O sexo masculino foi o mais acometido corroborando com a hipótese da necessidade de intensificação de políticas de saúde pública para essa população.
Palavras-chave
hanseníase, epidemiologia, hanseníase bacteriana
Área
Clínica Médica
Instituições
Universidade do Oeste Paulista - São Paulo - Brasil
Autores
Isabela Oliani Tolosa de Almeida, Isabella Galindo Ortega Guimaro Abegão, Isabela Mamprim, Erica Vilhena de Freitas, Larissa Fernani, Gabriela Bosso Campos