Dados do Trabalho

Título

Tabagismo entre as gestantes atendidas na rede pública de saúde de uma cidade do Sudoeste do Paraná.

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: O tabagismo é uma doença crônica causada pela dependência à nicotina. O uso de tabaco, principalmente por mulheres em idade fértil, representa um grave problema de saúde pública. Fumar durante a gravidez além de ser prejudicial à mulher, também provoca inúmeros prejuízos no desenvolvimento fetal, tanto pela má perfusão sanguínea, como pela toxicidade das mais de 4.000 substâncias químicas.

Objetivos

Objetivos: Analisar a prevalência do tabagismo entre as gestantes atendidas na rede pública de saúde na cidade de Francisco Beltrão-PR, no intuito de gerar dados e oferecer subsídio às unidades de saúde para atuarem em cada localidade no combate ao tabagismo e em ademais problemas advindo dos maus hábitos na gestação.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: A amostra foi composta por gestantes em acompanhamento pré-natal no serviço público de saúde de Francisco Beltrão - PR. As mulheres que aceitaram participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e responderam um questionário contendo questões sócio demográficas e sobre hábitos de vida, incluindo o tabagismo.

Resultados

Resultados: No total foram entrevistadas 445 mulheres, destas, 79 relataram ter tido contato com o cigarro em algum momento anterior à gestação, 28 mulheres reataram não ser mais fumante ao engravidar, 21 pararam de fumar quando se descobriram gravidas e 30 continuaram tabagistas mesmo gravidas. A média de idade das mulheres que continuaram tabagistas durante a gestação foi de 28,3 anos. Em relação à condição socioeconômica, 56% delas possuíam renda familiar menor que três salários mínimos e 86% não possuíam ensino superior. Esses resultados corroboram com a literatura que relata maior prevalência de fumantes nos grupos sociais menos favorecidos, tornando essa população mais suscetível aos prejuízos do hábito de fumar. Uma pesquisa realizada no ano de 2008 no Brasil, 13,12% da população feminina com idade igual ou superior a 15 anos era fumante e a maior prevalência de tabagistas encontrava-se na população de baixa renda e nos grupos pouco escolarizados.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações Finais: Destaca-se o importante papel da equipe de saúde em identificar e orientar as gestantes tabagistas de forma mais efetiva. É primordial que a rede de saúde que atende a gestante conheça o perfil epidemiológico da sua população através das pesquisas realizadas em campo. Por conseguinte, é possível evitar os prejuízos à saúde da mãe e do bebê, bem como diminuir os custos do serviço público de saúde.

Palavras-chave

Tabaco, gestação, cigarro.

Área

Clínica Médica