15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DOENÇA CELÍACA: DIFERENÇAS ENTRE HOMENS E MULHERES.

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO

A doença celíaca (DC) é uma enteropatia inflamatória autoimune resultante da intolerância permanente ao glúten a partir de trigo, cevada, centeio e malte Apresenta um amplo espectro de manifestações clínicas. Atualmente, a forma clássica de apresentação com diarreia, flatulência, desconforto abdominal, fadiga, anemia, perda de peso foi relatada mais raramente. Spijkermana et al. (2016). Os dados são escassos na comparação de gêneros no Brasil. Além disso, o modo de apresentação da doença celíaca vem mudando para uma doença mais atípica ou silenciosa. Lindfors et al. (2019)

Objetivos

OBJETIVO

Verificar a prevalência dos diferentes sinais e sintomas clínicos nos pacientes no momento do diagnóstico da Doença Celíaca, destacando-se as diferenças entre os gêneros.

Delineamento e Métodos

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo retrospectivo realizado no período entre os anos de 2000 a 2017, utilizando-se os dados de prontuários de pacientes com idade maior de 18 anos, de ambos os sexos, diagnosticados com DC. Foram coletados dados sobre sintomas e sinais clínicos dos pacientes no momento do diagnóstico. Todos os pacientes foram avaliados por um único profissional.

Resultados

RESULTADOS

No total 240 pacientes [80 (33,3%) homens e 160 (66,6%) mulheres] foram estudados. A média geral de idade ao diagnóstico foi de 38,3 ± 13,28 anos, não se observando diferença significativa entre os gêneros (p = 0,16). Sintomas como ansiedade/depressão (OR=7,9), falta de apetite (OR=3,5), flatulência (OR=1,9), mal-estar (OR=2,5), náuseas (OR=3,1) e vômitos (OR=6,5) ) foram mais freqüentes no sexo feminino. Apenas esteatorréia foi mais frequente nos homens (OR=2,6). Sinais clínicos como anemia (OR=2,8), baixa estatura (OR>20) e perda de peso (OR=2,4) também foram mais frequentes nas mulheres. Outros achados como diarréia, distensão abdominal ou dor e anorexia não revelaram diferenças significativas entre os gêneros. Em relação à presença de doenças autoimunes concomitantes, a dermatite herpetiforme foi mais frequente nos homens (OR=2,6) e a tireoidite foi mais frequente nas mulheres (OR=10,5).

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÃO

Nosso estudo demonstrou que homens e mulheres celíacos tem diferenças na apresentação clínica da DC ao diagnóstico. Sintomas e sinais como ansiedade / depressão, falta de apetite, mal-estar, náuseas, vômitos, anemia, baixa estatura e perda de peso foram mais frequentes em mulheres. Os homens apresentaram maior frequência de esteatorreia e dermatite herpetiforme associada.

Palavras-chave

Palavras-chave
Palavras-chave: Doença Celíaca, gênero, sintomas.

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná - Paraná - Brasil, Universidade Positivo - Paraná - Brasil

Autores

Rodrigo Ferreira Lima, Lorete Maria da Silva Kotze, Kadija Rahal Chrisostomo, Luiz Roberto Kotze, Bruno May Gomel, Renato Nisihara