15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇÃO DE ACUIDADE VISUAL EM ESCOLARES EM UMA INSTITUIÇÃO BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL.

Fundamentação/Introdução

O relacionamento com o mundo exterior é realizado principalmente por meio da visão, de forma que os problemas oculares podem representar graves prejuízos para o aprendizado e socialização. Segundo o censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 23,9% da população exibiam algum tipo de deficiência visual e desses, 9% correspondiam a crianças. Além disso, devido ao pleno desenvolvimento do aparelho visual na infância, a detecção precoce de problemas visuais é fator determinante.

Objetivos

O propósito deste estudo é descrever uma amostra de pacientes que realizaram triagem de acuidade visual em um serviço de saúde público no ano de 2018, além de caracterizar os pacientes avaliados e acompanhados em um ambulatório de oftalmologia em uma cidade do Rio Grande do Sul.

Delineamento e Métodos

Estudo transversal com crianças de 6 – 12 anos, frequentadoras de um projeto social. Foram aplicados questionários para avaliação social, autopercepção com relação à qualidade da visão, bem como realizada triagem com tabela de Snellen.
Para elaboração da revisão de literatura foi realizado um levantamento da literatura científica em artigos disponíveis nas bases de dados Lilacs, PubMed e Scielo, no período compreendido entre janeiro e julho de 2019, utilizando as seguintes palavras-chave: lowsight, lowvison, visual stimulation, preschoolchild.

Resultados

Foram entrevistadas e avaliadas 60 crianças, com idade média de 9,56 ± 2,76 anos, com percepção da visão normal (78,33%). Ao exame, 21,66% usavam óculos, sendo que dessas, 8,33% estavam com correções incorretas. Com relação ao resultado do teste de Snellen, o resultado mais prevalente foi de 1,0 (78,33%) à direita e 0,1 (71,66%) à esquerda. Ainda, quando consideradas com visão insuficiente (Snellen menor que 0,4 em ambos os olhos), foram os mesmos pacientes em 100% dos casos que afirmaram ter dificuldade visual. Dos pacientes autodeclarados com dificuldade, 73% responderam sim para prejuízos relacionados ao âmbito social e/ou escolar. Finalmente, esses pacientes foram encaminhados ao ambulatório de oftalmologia para investigação e tratamento.

Conclusões/Considerações finais

A acuidade visual reduzida interfere no processo de aprendizagem e no desenvolvimento psicossocial da criança. Essas sequelas podem ser atenuadas, reduzidas e até evitadas quando detectadas precocemente. Portanto, estabelecer a prevalência dos déficits visuais possibilita a elaboração de estratégias e programas de prevenção garantindo o pleno desenvolvimento.

Palavras-chave

Lowsight, lowvison, visual stimulation, preschoolchild.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Franciscana - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Lucas Thomé Cavalheiro, Paulo Henrique Pacheco Dario, Pedro Ongaratto Barazzetti, Nicole Reinisch