15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Relato de caso: urticária disseminada decorrente de picada de aranha no oeste paranaense

Introdução/Fundamentos

INTRODUÇÃO
A picada por aranha marrom é um comum acidente intradomiciliar por animal peçonhento no estado do Paraná. Os locais mais acometidos são membros e tronco. O aracnídeo costuma estar presente em tijolos, madeira, telhas e folhagens.
A picada costuma ser imperceptível e ocorre por compressão do animal dentro de calçados, roupas, cobertores. A ação do veneno ocorre pela enzima esfingomielinase sobre as membranas celulares, gerando destruição tecidual.
A forma cutânea caracteriza-se por dor leve e eritema, sendo por isso negligenciada. Cursa, em 12 a 24h, com dor em queimação, hemorragias, flictenas e necrose. Sinais sistêmicos incluem astenia, febre, exantema, prurido, náuseas e vômitos. Há também a forma hemolítica, com hemólise e coagulação intravascular disseminada, sendo a injúria renal aguda seu mais temido desfecho.
O diagnóstico é clínico e requer a identificação da picada, comprovação da existência da aranha e/ou os sinais descritos anteriormente. O tratamento é com soro antiloxoscélico, mas sua eficácia diminui em 36 horas após a picada. Também se realiza corticoterapia, analgesia e hidratação, além de antibiótico para prevenir infecção secundária.
O prognóstico geralmente é favorável e o fechamento da úlcera se dá por segunda intenção.

Objetivos

OBJETIVOS
Expor à comunidade científica a necessidade da pesquisa, quando cabível, e do correto diagnóstico de picadas de aranha.

Caso

RELATO DO CASO
Paciente masculino, 27 anos, agricultor, com moradia perto de mata no interior do oeste paranaense, refere lesão em cotovelo direito há 25 dias, com drenagem de pus e febre por 3 dias no início do quadro. Passou por vários médicos e fez uso de amoxicilina sem melhora. Ao exame físico, lesão eritematodescamativa em antebraço e úlcera no cotovelo. Também encontradas lesões em pescoço e face direita. Quadro sugestivo de picada de arranha marrom. Iniciado tratamento com prednisona, ebastina, fibrinase com cloranfenicol tópico e furoato de mometasona creme. Devido ao tempo de evolução do quadro, não foi feita soroterapia específica.
Em uma semana, observou-se melhora do edema, lesões mais discretas, eczema no dorso das mãos, eritema em orelhas e massa palpável em axila direita, com solicitação de ultrassonografia, que indicou linfonodo reacional.
Em três semanas, constatou-se redução das lesões, com orientações e alta.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÃO
É importante estar atento à epidemiologia, aos sintomas e à evolução das lesões para o correto diagnóstico e tratamento dessa patologia.

Palavras-chave

Palavras-chave: Loxosceles, aranha marrom, soro antiloxoscélico

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Paraná - Brasil

Autores

Mayara Letícia Bliscosque Bueno, Otávio Augusto Scariotto, Carlos Eduardo Merss, Ana Flavia Secchi, Rafael Lirio Bortoncello, Ângela Cristina Bortoncello Jarabiza