Dados do Trabalho

Título

TROMBOPROFILAXIA COM USO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DO QUADRIL EM UM HOSPITAL DE CURITIBA

Fundamentação/Introdução

Introdução
A principal causa de morte tanto no pós-operatório, quanto em pacientes internados, está relacionado aos eventos tromboembólicos. A profilaxia pode ser feita por métodos químicos, os anticoagulantes orais, e/ou mecânicos, como a meia elástica, sendo seus resultados significativos na sobrevida e morbidades dos pacientes.
Os anticoagulantes orais são os medicamentos mais utilizados para a profilaxia química, no entanto, o uso, a dose e o tempo de uso são discutidos e há na saúde pública uma baixa adesão devido ao alto custo.
O ácido acetilsalicílico (AAS), em alguns estudos, tem se mostrado um importante medicamento na profilaxia do tromboembolismo venoso (TEV), com menos efeitos colaterais, sem acompanhamento laboratorial para seu uso e menor preço comparado aos anticoagulantes orais.

Objetivos

Objetivo
O objetivo desse estudo é avaliar as taxas de eventos tromboembólicos e possíveis complicações do uso de AAS em baixas doses para profilaxia em pacientes que foram submetidos à cirurgias do quadril.

Delineamento e Métodos

Métodos
Estudo retrospectivo, observacional, realizado através da análise de prontuários. Foram analisados 131 pacientes submetidos a cirurgias do quadril, eletivas ou de urgência, no período de junho de 2017 à fevereiro de 2018.
Os pacientes receberam indicação de profilaxia de TEV com o uso de AAS por 06 semanas na alta hospitalar, sendo confirmado no seguimento ambulatorial.
Foram excluídos aqueles que não fizeram uso do medicamento nas 06 semanas pós-operatórias ou que o prontuário encontrava-se incompleto.

Resultados

Resultados
Foram analisados 131 prontuários no total, sendo obtidas todas as informações necessárias em 55 pacientes e destes, 11 pacientes (20%) não fizeram uso do AAS por 06 semanas.
A idade média foi de 61,2 anos. 6 pacientes apresentavam alto risco para trombose. A média do dia de admissão até a cirurgia foi de 2,7 dias e a média de tempo de internamento foi de 6 dias.
Sobre complicações, apenas 1 paciente teve internamento devido a fortes dores no trato gastrointestinal, porém sem sangramento. Nenhum paciente teve complicação tromboembólica. Não houve relato de óbitos relacionados à cirurgia no seguimento pós-operatório no prazo de 6 semanas, dos pacientes que foram de alta.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões
O uso de AAS em baixas doses para a tromboprofilaxia em cirurgias eletivas, como a ATQ, é uma conduta segura, válida e de baixo custo para o paciente. Já nas cirurgias de urgência, como fraturas, mostrou-se uma conduta eficaz, mas que ainda são necessários mais estudos.

Palavras-chave

Tromboprofilaxia; ácido acetilsalicílico; quadril

Área

Clínica Médica