15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA REFRATÁRIA COM RESPOSTA A REVOLADE (ELTROMBOPAGUE OLAMINA)

Introdução/Fundamentos

A púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) é uma trombocitopenia isolada adquirida causada por autoanticorpos contra antígenos plaquetários. É uma das causas mais comuns de trombocitopenia em adultos e tem-se como desafio diagnóstico, pois não há um exame específico e há inúmeras causas que podem desencadeá-la.

Objetivos

Expandir o conhecimento sobre a PTI, sua suspeita diagnóstica e seu tratamento, visando uma contagem plaquetária segura e evitando sangramentos.

Caso

Paciente feminina, 35 anos, branca, procurou atendimento em 2013 por plaquetopenia importante, sem alteração da série branca ou vermelha e episódios de sangramento. Realizado exames, não se observou causa específica, pensou-se no diagnóstico de PTI. Entre as tentativas terapêuticas realizadas, iniciou-se com corticoide, após esplenectomia (16/12/2013 no Hospital Bruno Born de Lajeado-RS) e Danazol, sendo refratária a todos. Está em uso de Revolade (eltrombopague olamina) com resposta parcial. Em 2016, iniciou acompanhamento no Centro Clínico da Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado - RS. No dia 19/09/2016 procurou atendimento por sangramento vaginal, astenia, equimoses em região lombar, membros inferiores e superiores, sendo mantida a medicação por apresentar contagem de plaquetas de 100 mil e foi orientada a procurar o ginecologista. Em 2017, apresentou equimoses difusas e sintomas inespecíficos, com plaquetas oscilando entre 126 e 65 mil. Em 2018, a paciente manteve-se assintomática, sem sangramentos. Nesses 3 anos, a paciente apresentou grande oscilação plaquetária, chegando 29 mil em 26/06/2018, quando foi acrescentado a dose de prednisona, aumentando para 107 mil em 16/07/2019. O maior valor nesse período foi de 126 mil em 03/03/2017. Em 2019, a paciente volta a apresentar aumento do sangramento vaginal e astenia, com plaquetas de 85 mil. Encaminhada para serviço de ginecologia para avaliar o sangramento.

Conclusões/Considerações finais

A PTI é uma doença que necessita de mais estudos para que o diagnóstico possa ser suspeitado. Como não temos um exame específico, é feito por exclusão; dessa forma, alguns pacientes acabam tendo diagnóstico e tratamento tardios. No caso da paciente acima, o diagnóstico foi precoce; porém, ela não apresentou resposta aos tratamentos, sendo considerada como uma Púrpura trombocitopênica crônica, devendo manter acompanhamento e uso de Revolade. O monitoramento periódico deve ser mantido pelo risco de piora e mudança na terapia.

Palavras-chave

Púrpura Trombocitopênica Idiopática. Trombocitopenia, Hematologia.

Área

Clínica Médica

Instituições

Univates - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Gabrieli Pedrozo Goulart, Andressa Camila Tasca, Lais Dorigon Alba, Matheus Arcari, Gabrielle Lazzaretti