15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

RECIDIVA DE ADENOCARCINOMA DE PARÓTIDA: RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

Cerca de 1% do total de cânceres são oriundos das glândulas salivares, sendo neoplasias relativamente raras. Podem acometer pessoas em qualquer idade, no entanto são mais comuns conforme o avançar da idade. A maiores dos tumores de glândulas salivares se origina na glândula parótida, embora apenas 25% destes tumores sejam malignos.

Objetivos

Enfatizar a importância do seguimento oncológico adequado para detecção e tratamento precoce de recidivas tumorais através de um caso verídico.

Caso

M.F.F.C., 56 anos, sexo feminino, parda, lavradora, comparece a hospital para seguimento ambulatorial oncológico com queixa de crescimento acelerado de nódulo cervical à esquerda já há 2 meses, de 2cmx2cm, indolor, de consistência pétrea e móvel. Possuía história de hepatite C e realização parotidectomia superficial, com cirurgia R2, seguido de tratamento radioterápico e quimioterápico adjuvante há 4 anos devido a adenocarcinoma de parótida. Foi solicitado punção aspirativa por agulha fina (PAAF), que revelou lesão epitelial proliferativa atípica sendo consistente hipótese de neoplasia metastática, com impressão diagnóstica de recidiva cervical. A histopatologia de parótida evidenciou lesão tumoral pardo-amarelada, consistência elástica, encapsulada de 5cmx4cmx3cm; e à microscopia formação tumoral com grupamentos de células ovaladas, com pleomorfismo, aumento da relação núcleo-citoplasmática, núcleos com cromatina grumosa e nucléolos evidentes, compatíveis com adenocarcinoma de padrão papilífero. Paciente permaneceu em bom estado geral, sem demais queixas, em aguardo para realização de cirurgia.

Conclusões/Considerações finais

É importante atenção para as características manifestas pelas tumorações em região cervical como fixação de massa na pele, massas endurecidas e linfadenomegalia, pois estas são representam maior chance de malignidade. A tomografia computadorizada é o exame padrão-ouro para tumores de parótida, no entanto outros exames como PAAF são úteis na definição histológica do tumor e planejamento da extensão das operações. A ressecção com margens adequadas diminui satisfatoriamente a chance de recidivas e, portanto, deve ser empregada sempre que possível. O seguimento ambulatorial oncológico é de grande valia, visto a capacidade de avaliação periódica do paciente e por conseguinte identificação precoce de alterações e consequentemente condutas precoces.

Palavras-chave

Adenocarcinoma parótida. Glândula parótida. PAAF.

Área

Clínica Médica

Autores

Patrick Nunes Brito, Tássylla Caroline Ferreira Pereira, Hanna Paula Carolayne Ferreira Pereira, Brenda Nunes Brito, Macilon Nonato Irene, Jandui Diniz Araujo Filho