15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR: DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS DA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO E TRATAMENTO. RELATO DE DOIS CASOS.

Introdução/Fundamentos

O tromboembolismo pulmonar (TEP) representa uma causa importante de mobimortalidade e teve seu tratamento e prognóstico pouco alterados nas últimas décadas. A escolha terapêutica depende da estratificação de risco. Entretanto, existem poucos estudos avaliando tais estratégias.

Objetivos

Lançar luz à necessidade de uma abordagem multidisciplinar na estratificação de risco e escolha do tratamento para tromboembolismo pulmonar

Caso

Caso 1 A.D.S, masculino, 48 anos, com histórico familiar de TEP. Admitido em pronto atendimento por dor torácica em aperto com piora à inspiração profunda. Exame físico: taquicardia sinusal e insaturação arterial. Exames laboratoriais demonstravam aumento de marcadores inflamatórios, leucocitose e dímero-d elevado. Raio-X de tórax com infiltrado bilateral peri-hilar inespecífico. Em unidade de terapia intensiva, iniciou-se antibioticoterapia e anticoagulação sistêmica. Seguidamente, angiotomografia evidenciou TEP agudo difuso em ramos da artéria pulmonar esquerda. Não havia critérios imediatos para trombólise ou trombectomia. Após 48 horas, evoluiu com piora, optando-se por trombólise química, sem melhora. Posteriormente, decidiu-se pela trombectomia mecânica com trombólise intra-arterial adjuvante. O paciente apresentou excelente resposta clínica, recebendo alta.
Caso 2 - C.T.P.J, masculino, 76 anos. Há 7 dias submetido à implante de marcapasso definitivo. Referia dispneia associada à dor pleurítica. Ao exame físico: taquidispneia, taquicardia e insaturação arterial. Raio-X com infiltrado difuso inespecífico, eletrocardiograma com bloqueio divisional anterossuperior e padrão S1Q3T3. Iniciou-se anticoagulação sistêmica e diureticoterapia, tendo como principal hipótese diagnóstica TEP. Em unidade coronariana, confirmou-se trombose venosa profunda. Apesar de ausência de critérios para trombólise ou trombectomia, paciente apresentava piora. Após 48h, houve colapso hemodinâmico, evoluindo para parada cardiorrespiratória; retornou à circulação espontânea após reanimação. Indicou-se estudo invasivo para trombectomia, havendo melhora hemodinâmica imediata; porém piora clínica progressiva, evoluindo para óbito.

Conclusões/Considerações finais

A estratificação de risco e escolha da modalidade de tratamento para TEP representam desafios para a melhora do prognóstico desta doença. Uma abordagem multidisciplinar, individualizada e, sobretudo, precoce deve ser sempre considerada nestes pacientes.

Palavras-chave

Tep, trombolise, trombectomia, estratificação de risco

Área

Clínica Médica

Instituições

Instituto de Neurologia e Cardiologia de Curitiba - Paraná - Brasil

Autores

JEAN BORGES CURIMBABA, WILTON FRANCISCO GOMES, José Antonio Da Silva, RAFAEL LUIS MARCHETTI, NICOLLI DA MOTTA MOSSINI, PAULA FERNANDA GREGHI PASCUTTI