Dados do Trabalho

Título

INAPTIDÃO SOROLÓGICA DE DOADORES EM UM SERVIÇO DE HEMOTERAPIA NO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL NO ANO DE 2018

Fundamentação/Introdução

A doação de sangue é o processo em que um doador tem seu sangue coletado e armazenado para posterior utilização em transfusões. Para que haja maior segurança, tanto para o doador quanto para o receptor, cada candidato passa pelas etapas de registro e triagens clínicas e sorológica. Esse método é utilizado pelas mais importantes organizações de saúde pública do mundo, incluindo a ANVISA e o Ministério da saúde.
Considerando-se que a transmissão de agentes infecto-contagiosos por meio da transfusão sanguínea é a reação adversa tardia de maior risco para o receptor, se justifica a necessidade de protocolos rígidos para a detecção de parâmetros de inaptidão sorológica, garantindo transfusões com os menores riscos possíveis.

Objetivos

Verificar os índices de inaptidão sorológica constatados a partir da triagem de doadores em um serviço de hemoterapia do norte do Rio Grande do Sul e traçar um paralelo com os índices epidemiológicos nacionais coletados pelos órgãos públicos de saúde durante o ano de 2018.

Delineamento e Métodos

Estudo retrospectivo, quantitativo e observacional, utilizando-se testes sorológicos de alta sensibilidade e boa especificidade para detecção das principais doenças infecto-contagiosas que configuram inaptidão sorológica.

Resultados

De janeiro a dezembro de 2018, contabilizou-se um total de 12.792 doadores analisados em triagem sorológica no serviço de hemoterapia. Destes, 396 foram considerados inaptos para terem seu sangue utilizado – o que representa um percentual de 3,09% do total anual de doadores. Os meses em que foi registrado o maior número de doadores foram os meses de maio (1.275), agosto (1.210) e novembro (1.167); porém, os meses em que foi verificada maior taxa de doadores inaptos pela sorologia foram agosto (4,05%), dezembro (3,88%) e janeiro (3,41%), respectivamente. O quarto trimestre de 2018 (outubro a dezembro) foi o período em que foi registrado o maior número de doadores (3.325), e também foi o período em que foram constatados mais casos de inaptidão sorológica no ano (106 doadores inaptos), o que representa aproximadamente 28,8% do total anual de inaptos sorológicos. A média de inaptidão no ano de 2018 foi de 33 doadores.

Conclusões/Considerações finais

Considerando-se que se deve sempre almejar a máxima segurança transfusional possível, detectar a presença de patógenos presentes no sangue contribui não só com esse fator, mas também promove redução das taxas de transmissão e melhora dos índices de saúde pública.

Palavras-chave

doação de sangue; transfusão; inaptidão sorológica; triagem sorológica; segurança transfusional; reações transfusionais; hemoterapia.