15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

DIAGNÓSTICO TARDIO EM ADENOCARCINOMA GÁSTRICO COM CÉLULAS EM ANEL DE SINETE: RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

As neoplasias gástricas malignas são representadas em sua maioria pelo adenocarcinoma, estando este entre as três principais causas de morte por câncer no Brasil. Em estágios iniciais pode ser assintomático ou com sintomas inespecíficos, dificultando um diagnóstico precoce.

Objetivos

Relatar um caso de adenocarcinoma em anel de sinete de progressão acelerada e a importância do diagnóstico precoce visto seu potencial agressivo.

Caso

L.S.C., 43 anos, sexo feminino, buscou atendimento com queixa de dor abdominal em baixo ventre, já há 2 meses, em cólica, de forte intensidade, que apresentou piora progressiva e propagação da dor para todo abdome. Associado ao quadro apresentou epigastralgia, aumento de volume abdominal e astenia. Referiu alimentação hipolipídica, hipossódica e sem irritantes gástricos. Cogitada hipóteses de neoplasias gástrica e ovariana. Exame laboratorial revelou hemoglobina de 10,9g/dL. Ultrassom endovaginal evidenciou ascite volumosa, com ovário esquerdo levemente aumentado, com volume de 17,2cm³. À tomografia de abdome total observou-se líquido ascítico de acentuado volume na cavidade abdominal, com aumento das dimensões ovarianas, mais evidente a esquerda, com impregnação heterogênea após infusão venosa. A Endoscopia Digestiva Alta evidenciou ulceração irregular superficial de corpo médio-distal se estendendo até a pequena curvatura e com estreitamento do lúmen e pangastrite enantemática discreta. O anatomopatológico da biópsia da mucosa gástrica revelou adenocarcinoma anel de sinete e à imunoistoquímica de corpo gástrico ausência de expressão para CK7 e HER-2 nas lesões. A paciente foi submetida a salpinfooforectomia à esquerda, que revelou à histopatologia proliferação mucinosa contendo células atípicas, sendo necessário imunoistoquímica para elucidação diagnóstica. Instituiu-se a quimioterapia paliativa, devido ao estágio avançado da doença, com utilização do protocolo Folfox, com 12 ciclos.

Conclusões/Considerações finais

A classificação histológica de Lauren é utilizada para cânceres gástricos, onde os tumores são subdivididos em subtipos: intestinal e difuso. No subtipo difuso o componente genético parece estar mais envolvido, com acometimento de mulheres em idade mais jovem, relação com adenocarcinoma com células em anel de sinete e pior prognóstico que o intestinal, ratificando a necessidade de um diagnóstico e terapêutica mais precoces.

Palavras-chave

Adenocarcinoma. Anel de Sinete. Subtipo difuso.

Área

Clínica Médica

Autores

Patrick Nunes Brito, Tássylla Caroline Ferreira Pereira, Brenda Nunes Brito, Hanna Paula Carolayne Ferreira Pereira, Matheus Reis de Oliveira, Macilon Nonato Irene