15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

INTERNAÇÕES POR SÍFILIS CONGÊNITA NOS ANOS DE 2013 E 2018 NO RIO GRANDE DO SUL

Fundamentação/Introdução

A sífilis congênita, causada pela bactéria Treponema Pallidum, é transmitida via transplacentária, da gestante infectada e não tratada ou tratada inadequadamente, para o feto, e costuma causar sintomas até os 3 meses de vida do bebê, podendo manifestar-se como baixo peso, pneumonia, icterícia, surdez, deficiência mental, entre outros. Segundo o Ministério da Saúde, houve, nos últimos anos, um aumento significativo no número de gestantes portadoras de sífilis, sendo presumível um aumento no número de recém-nascidos infectados pela doença.

Objetivos

Descrever e comparar dados de internações por sífilis congênita, assim como dados sociodemográficos, nos anos de 2013 e 2018 no Estado do Rio Grande do Sul, conforme dados do Ministério da Saúde.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico realizado através de dados fornecidos pelo DATASUS na seção de Informações de Saúde (TABNET). A partir desse, foram analisados dados das internações por sífilis congênita entre janeiro e dezembro de 2013 e entre janeiro e dezembro de 2018, no Estado do Rio Grande do Sul.

Resultados

Com base na tabela gerada pelo DATASUS, no ano de 2013, ocorreram 540 internações por sífilis congênita no Estado do Rio Grande do Sul, enquanto no ano de 2018, foram 1328 internações pela doença, correspondendo a um aumento de 145,93%. Quanto à idade, 98,1% das baixas hospitalares em 2013 foram de crianças menores de 1 ano; já em 2018, 99,3% corresponderam a essa faixa etária. Acerca da cor, percebe-se que em 2013, 54,2% dos pacientes internados eram brancos, enquanto no ano de 2018, aumentou para 66%. Com relação ao sexo, 50,2% dos pacientes, em 2013, eram do sexo feminino, ao passo que em 2018, esse número era de 51,7%.

Conclusões/Considerações finais

Este trabalho conseguiu quantificar as internações por sífilis congênita e determinar as principais características dos internados, como idade, cor da pele e sexo, no Estado do Rio Grande do Sul, comparativamente, nos anos de 2013 e 2018. Conclui-se, que houve um aumento significativo das internações por sífilis congênita, sugerindo aumento dos casos em crianças menores de 1 ano. Sugere-se a elaboração de novas estratégias para conscientização sobre a doença e a necessidade de realização de pré-natal adequado, assim como diagnóstico e tratamento apropriados de sífilis durante a gestação, a fim de conseguir a redução de sua incidência e de seus prejuízos.

Palavras-chave

Internações; Sífilis Congênita; DATASUS; Rio Grande do Sul;

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Católica de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Bruna Bassi Michel, Rafaela Catto, Thalia Fontana Sasset, Cintia Buss Griep, Ana Carolina Conteratto