15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Tumor De Células De Leydig Do Ovário: Uma Revisão

Fundamentação/Introdução

O aumento dos níveis de androgênio em mulheres em idade fértil pode ocorrer por diversas etiologias. Entre estas, de forma rara, encontram-se os tumores de células esteroides do ovário.

Objetivos

O objetivo desta revisão é discutir o tratamento e o seguimento a ser realizado nessa rara doença, que apesar de geralmente ter apresentação benigna, pode evoluir com prognósticos reservados.

Delineamento e Métodos

A metodologia deste artigo de revisão foi a busca de base de dados os quais estivessem relacionados com o tema, sendo utilizados: PubMed, Academic Google, Scielo e New Engliand. Foram revisados trabalhos mais atuais, a partir do ano de 2014.

Resultados

Os tumores ovarianos de células esteroides incluem os tumores de células de Leydig, luteoma estromal e tumores de células produtoras de esteroides não específico. Para diferenciação do hiperandrogenismo de origem ovariana e suprarrenal, é utilizado os níveis de S-DHEA; e a androstenediona é responsável pela distinção entre tumores de Leydig e Sertoli. Além disso, é possível diferenciar dos luteomas através de marcadores imuno-histoquímicos, como a presença de inibina e calretinina. Os tumores de células de Leydig são comumente unilaterais e benignos, porém, existe um risco potencial de transformação maligna. Em relação a faixa etária, é notada uma divergência entre os autores, sendo que grande parte defende que a incidência é maior em mulheres na terceira e quarta décadas de vida, enquanto que crianças ou mulheres pós-menopausa apresentam-se raramente. Em contrapartida, outros autores afirmam que, apesar de ocorrerem em qualquer idade, são mais comuns após a menopausa. A virilização é manifestada em 75% dos paciente, caracterizada por alopécia, amenorreia, hirsutismo, cliteromegalia, acne, alteração da voz e incremento muscular. A abordagem terapêutica de escolha nos estágios iniciais em mulheres jovens é ooforectomia ipsilateral com biópsia contralateral, preservando, assim, a fertilidade da paciente. Em casos pós-menopausa, é optado pela histerectomia com ooforectomia bilateral, e em casos de mau prognóstico associa-se, ainda, quimioterapia.

Conclusões/Considerações finais

Conclui-se que não há um consenso sobre a patologia, principalmente, pela escassez de casos descritos na literatura. Sobretudo, nota-se que é importante o diagnóstico no período inicial dos sintomas, para que seja possível tratamento cirúrgico menos agressivo e com maiores chances de evoluir com cura.

Palavras-chave

TUMORES VIRILIZANTES; HIPERANDROGENISMO; TUMOR DAS CÉLULAS DE LEYDIG; ENDOCRINOLOGIA;

Área

Clínica Médica

Instituições

HOSPITAL REGIONAL DE CACOAL - Rondônia - Brasil

Autores

KETLIN BATISTA DE MORAIS MENDES, BARBARA SILVESTRE VICENTIM, WALTER CAMARGO DE AGUIAR JUNIOR, VANESSA ALMEIDA SANTOS, GABRIELA MOREIRA FERLE, ELIANE COSTA DE OLIVEIRA COELHO