Dados do Trabalho
Título
EXACERBAÇÃO AGUDA DA ASMA POR INFECÇÃO POR INFLUENZA A H1N1: RELATO DE CASO
Introdução/Fundamentos
A asma representa fator de risco para hospitalização durante as temporadas de influenza e aumenta o risco de internamento em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A hospitalização por gripe em pacientes asmáticos está relacionada a um curso mais grave da doença.
Objetivos
Relatar o caso de um paciente que apresentou exacerbação aguda da asma por infecção por Influenza A com evolução para choque séptico.
Caso
Paciente hígido, masculino, de 7 anos, foi admitido em serviço de emergência com relato de cefaléia, tosse, esforço respiratório e febre não aferida, de início no mesmo dia. Possuía calendário vacinal em dia, com exceção da vacina contra Influenza, e história de crise asmática leve no ano anterior. Foi observada alteração dos dados vitais, com ausência de febre. Ausculta pulmonar revelou redução dos murmúrios vesiculares em base pulmonar direita, associada a estertores grossos e sibilos difusos. Foi feito diagnóstico de crise aguda de asma e o paciente foi internado para início do tratamento. Após duas horas do internamento foi encaminhado à UTI pediátrica por piora do quadro. Radiografia demonstrou pneumomediastino e enfisema subcutâneo. Houve evolução para choque séptico de foco pulmonar no 2o dia, com necessidade de intubação orotraqueal, ventilação mecânica e uso de drogas vasopressoras. No 10o dia foi aferida febre, iniciada antibioticoterapia empírica, solicitado radiografia (com consolidação pulmonar em área cardíaca) e cultura (positiva para Pseudomonas aeruginosas). Após extubação no 12o dia, o paciente apresentou síndrome de abstinência, manejada farmacologicamente. Virologia solicitada identificou positividade para Influenza A H1N1. Houve melhora do quadro e o paciente recebeu alta no 18º dia, com corticoide inalatório de manutenção.
Conclusões/Considerações finais
Crianças com história prévia de asma representam grupo de alto risco em pandemias de H1NI. Em estudo, foi observado, um ano após imunização contra influenza, redução de: doenças do trato respiratório, exacerbações da asma, visitas ao pronto-socorro, número e duração de hospitalizações, uso de broncodilatador e administração de esteróides sistêmicos. O caso ressalta a importância de sempre considerar a possibilidade de quadros infecciosos em pacientes com crise aguda de asma, inclusive naqueles sem sinais clínicos, e da prevenção das exacerbações através da educação dos pacientes em relação a doença, suas consequências e seus tratamentos.
Palavras-chave
asma; influenza; vacinação; sepse
Área
Clínica Médica
Instituições
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná - Paraná - Brasil
Autores
Isadora Souza Rocha, Isabella Chapieski, Jessica Castro da Silva, Juan Vitor Soares do Nascimento, Júlia Lôndero Heleno, João Matheus Tussolini Marcon