15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Ansiedade, sono e vestibular: um estudo aplicado aos vestibulandos de medicina

Fundamentação/Introdução

Os estudantes pré-vestibulandos de medicina se submetem a altas exigências mentais, restrição de vida social e familiar e intenso consumo de tempo. Tais atitudes acabam por influenciar sobre a saúde física, mental e psicológica dos indivíduos, podendo provocar alterações na qualidade do sono e dos níveis de ansiedade. Esses distúrbios devem ser reconhecidos para evitar a manutenção ou desenvolvimento de maus hábitos entre os jovens que disputam a entrada na universidade.

Objetivos

Identificar os índices de qualidade do sono e níveis de ansiedade dos estudantes e analisar comparativamente entre turno em que estuda e gênero.

Delineamento e Métodos

É um estudo transversal com aplicação de questionários sócio demográfico, Índice de qualidade do sono de Pittsburg e Inventário de Beck de ansiedade (BAI) via GoogleForms. Amostra não probabilística, mediante adesão voluntária de 470 estudantes, maiores de 18 anos, de qualquer etnia, matriculados em curso pré-vestibular particular, candidatos à vaga de medicina.

Resultados

O sono foi considerado não eficaz por 73,62% dos estudantes. Evidenciou-se que 47,44% dos alunos têm qualidade ruim de sono e 48,08% possuem padrão de distúrbio do sono. De acordo com a análise do BAI, 49,14% dos estudantes possuem índice de ansiedade grave. Foram notadas diferenças estatisticamente significantes entre os padrões de qualidade de sono e turno em que se estuda e entre gênero dos estudantes. Também foi significante a diferença entre nível de ansiedade comparada a gênero e qualidade do sono.

Conclusões/Considerações finais

As demandas do turno vespertino acarretaram pior qualidade de sono aos alunos. O sexo masculino apresentou mais distúrbio de sono quanto comparado ao sexo feminino. Preocupa-se com o percentual elevado (40,21%) de estudantes que fazem uso de medicamentos hipnóticos. Foram evidenciadas relações estatisticamente relevantes entre gênero e nível de ansiedade, sendo que a ansiedade grave se manifestou em 55,06% das mulheres e 22,35% dos homens. Ao analisar qualidade do sono e nível de ansiedade, o grau mínimo de ansiedade é representado pelos estudantes que possuem boa qualidade de sono, já a ansiedade grave é composta pela amostra com distúrbio do sono. Este estudo tem potencial de viés do seu delineamento, mas os achados apontam que são necessárias estratégias educativas para melhor controle da ansiedade e de qualidade do sono.

Palavras-chave

Privação de sono, distúrbios do sono-vigília, transtornos de ansiedade, educação médica

Área

Clínica Médica

Instituições

universidade positivo - Paraná - Brasil

Autores

Amanda Kuster Roderjan, Beatriz Carolina Schuta Bodanese, Isabella Gil, Katia Sheylla Malta Purin