15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Revisão das Diretrizes para Diagnóstico de Hipertensão e avaliação da adesão dos médicos às recomendações.

Fundamentação/Introdução

Diante da extensão de dados epidemiológicos é evidente que o diagnóstico de HAS faz parte da vivência rotineira dos consultórios médicos. Dada a existência de divergências entre diretrizes, ocorrem variações de conduta entre os profissionais, influenciando na adoção das práticas preconizadas pelas recomendações. Supostamente, a falta de aderência negligencia o diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Tendo os guidelines como base para a sistematização do diagnóstico de HAS, este trabalho, além de revisá-los, analisou a adesão médica a fim de prezar pela padronização e adequada classificação.

Objetivos

Revisar as Diretrizes para diagnóstico de Hipertensão e avaliar a adesão as suas recomendações.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo, observacional, randomizado e prospectivo realizado com médicos de família e generalistas de 80% das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Joinville, que aceitaram participar do projeto através da assinatura do TCLE. A escolha das UBSs participantes foi feita através da ferramenta “randomizar” do Excel. Tais profissionais foram submetidos ao Questionário QAD01, composto de 13 perguntas, contendo questões objetivas sobre opções profissionais e escolhas relacionadas a adesão às diretrizes.

Resultados

Participaram da Pesquisa 40 médicos de família e 22 médicos generalistas, 50% destes atuantes a menos de 5 anos. A totalidade assumiu ter ciência da existência de Diretrizes regentes do diagnóstico de HAS, entretanto um pouco mais de 15% alegou não ter ciência de que a escolha da diretriz depende somente do médico. 50 profissionais disseram seguir alguma diretriz, 20% destes não souberam dizer qual, e apenas 42% seguiam a Diretriz Brasileira. 32 médicos alegaram que a adaptação do manguito ao paciente, independente de sua idade ou tamanho, é corretamente empregada. 20 dos entrevistados não souberam dizer quanto tempo o paciente deve privar-se de tabaco previamente à avaliação diagnóstica, assim como 11 não souberam dizer com relação à privação de exercício físico. Os fatores negativos ressaltados foram: Medicamentos caros e indisponíveis no SUS; valores de referência conflitantes com a realidade brasileira.

Conclusões/Considerações finais

O número de médicos que relataram seguir a Diretriz Brasileira foi menor do que o esperado, revelando a necessidade de orientação dos profissionais quanto a relevância de tal metodologia e quanto a adesão aos métodos que minimizam a proporção de erros diagnósticos e diagnósticos não realizados.

Palavras-chave

Hipertensão; Adesão; Diretrizes; Guidelines;

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVILLE - Santa Catarina - Brasil

Autores

Leticia Oliveira Reis, Jorge Matheus Rodrigues Moreira, Fernando Pereira Caruso, Roberta Colvara Torres Medeiros