15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA MORTALIDADE POR CÂNCER DE CÓLON, RETO E ÂNUS EM TERRITÓRIO BRASILEIRO NO ANO DE 2017

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: O câncer de cólon, reto e ânus é um dos mais frequentes na população brasileira. Tem etiologia multifatorial e sofre influência de fatores de risco como dieta, tabagismo e etilismo. A maioria dos casos é de origem esporádica, porém o rastreamento pode diagnosticar o câncer em estágio inicial, quando é altamente curável. No Brasil, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) é um dos encarregados em registrar a mortalidade da doença no país, a qual sofre influência de fatores socioeconômicos e regionais.

Objetivos

Objetivos: Analisar o perfil dos óbitos por câncer de cólon, reto e ânus no Brasil em 2017.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, descritivo e quantitativo. Dados sobre óbitos por câncer de cólon, reto e ânus relacionados a região, idade, sexo, unidade federativa, raça e escolaridade no ano de 2017 foram obtidos do SIM.

Resultados

Resultados: Em 2017, houve 18.867 óbitos por câncer de cólon, reto e ânus no Brasil - 9 óbitos/100.000 habitantes. Destes, 51,2% (9.660) eram mulheres. A maior mortalidade ocorreu entre 70 e 79 anos (4.750 casos), havendo um aumento significativo no número de mortes a partir dos 50 anos. Excetuando-se os casos em que a escolaridade foi desconsiderada (3.113), 86,6% (13.645) dos demais não havia alcançado ou completado o ensino médio. 65,4% (11.946) das mortes cuja etnia foi sinalizada (18.262) foi de caucasianos. As regiões Norte; Nordeste; Centro-Oeste; Sudeste; e Sul apresentaram as respectivas taxas de 3,7; 5,1; 8,3; 11,7; e 12,7 óbitos/100.000 habitantes. Os estados do Maranhão e Rio Grande do Sul foram respectivamente responsáveis pelas menor e maior taxas de mortalidade - 3 e 17 óbitos/100.000 habitantes.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: O principal perfil de mortalidade é de idosos caucasianos de baixa escolaridade. Sul e Sudeste são os eminentes responsáveis pela elevação da mortalidade nacional. Tais achados podem estar relacionados a uma elevada expectativa de vida populacional e a uma maior efetividade na notificação de agravos. Avaliações epidemiológicas são primordiais para a implementação de intervenções terapêuticas e preventivas.

Palavras-chave

Pesquisa sobre serviços de saúde; Neoplasias; Óbito.

Área

Clínica Médica

Autores

Gabriela Januário de Oliveira, Diego Medeiros Delgado, Eduardo Henrique Lima Batista, Gabrielly de Oliveira Viana, Vítor Medeiros Delgado