15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

O ENSINO DA SEMIOLOGIA MÉDICA NO BRASIL

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: Semiologia e Clínica Médica são disciplinas interligadas. Observa-se que o desenvolvimento tecnológico minimiza os preceitos semiológicos, situação que atrapalha a relação médico-paciente, induz erros diagnósticos e leva a uma demanda de exames sofisticados em detrimento do pensamento clínico.

Objetivos

Objetivo: Determinar a organização dos programas de ensino de semiologia médica no Brasil.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Estudo quantitativo observacional transversal. Realizou-se uma pesquisa nos sites PubMed e SciELO utilizando-se os termos semiologia/propedêutica e ensino da semiologia médica. Pesquisou-se nos sites das universidades segundo sua classificação no Índice Geral de Cursos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Escolheram-se as duas primeiras universidades das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul em cujo site aparecesse no mínimo cinco dos seguintes tópicos: nome da disciplina; momento de início; carga horária total, teórica, prática; projeto pedagógico; método de ensino; objetivos; conteúdo programático; avaliação; bibliografia; contato com paciente e pesquisa.

Resultados

Resultados: Pesquisaram-se 28 universidades, por regiões: 4 do Norte e 6 do Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Destas, 35,7% cumpriam com os critérios de seleção. 50% nomeiam a disciplina como semiologia, 30% como propedêutica e 20% como “habilidades médicas” e “bases do diagnóstico humano I e II”. A média da carga horária total foi de 323,3h (variando de 150 a 600h), destas, 179,3h (55%) são práticas. A inserção da disciplina por semestre: 1º (10%); 2º (10%); 3º (40%); 4º (60%); 5º (40%); 6º (10%), com 30% de inserção nos 2º e 3º anos do curso. Encontrou-se em 100% o projeto pedagógico, 30% o plano de ensino, 60% as competências, 40% a avaliação, 70% a bibliografia, 20% o conteúdo programático, 20% o incentivo à pesquisa e 10% os objetivos. Não foram encontradas informações do método de ensino, contato com paciente nem uso de centro de simulação.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: As universidades disponibilizam informações incompletas sobre a disciplina de semiologia. Há discrepâncias nos programas, na denominação, carga horária e momento de inserção da disciplina. Considera-se prioritário um programa nacional do ensino da semiologia para as diferentes regiões do Brasil. Sugere-se a integração da semiologia com as disciplinas básicas, além da abordagem contínua no curso de medicina, em particular, com a Clínica Médica.

Palavras-chave

Palavras-chave: Educação Médica, Educação em Saúde, Anamnese.

Área

Clínica Médica

Autores

João Guilherme Bernart Sernajotto , Gustavo Fernandes de Souza, Carlos Arteaga Rodriguez