15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Caracterização da morbimortalidade por Sepse no Brasil entre 2008 e 2017

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: A sepse é um grave problema de saúde pública, sendo a principal causa de morte nas unidades de terapia intensiva. É uma síndrome extremamente prevalente e possui alto impacto social e econômico, sendo fundamental disseminar o conhecimento acerca do tema pois apesar de um enorme esforço de investigação nas últimas décadas continua sendo um desafio considerável e crescente aos cuidados de saúde.

Objetivos

Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da morbimortalidade da população com diagnóstico de sepse no Brasil entre os anos de 2008 e 2017.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Estudo transversal, observacional, com caráter descritivo. Os dados secundários foram obtidos do banco de dados do Sistema de informação sobre mortalidade (SIM) e Sistema de informações hospitalares (SIH) (CID 10, capitulo I – A41), considerando as variáveis: número de internações, óbitos por unidade de federação, gênero e faixa etária. Ademais, obtivemos dados populacionais pelo censo demográfico do IBGE-2018. Os dados foram tratados no software Excel.

Resultados

Resultados: Foram registradas 895.265 internações por Sepse no Brasil entre 2008 e 2017. A taxa de crescimento anual no número de internações foi de 7% neste período, atingindo maior número em 2016, com 117.751 internações. Foram registrados 166.576 óbitos no período, o que representa uma taxa de mortalidade (TM) de 18,6. Os estados com maior taxa de óbitos por SEPSE por 100 mil habitantes (média dos anos 2008-2017) foram todos da região norte: Rio de janeiro (19,7), Paraíba (10,9) e Minas Gerais (10,6). O número de internações (N) prevaleceu nos homens, N= 470.540, comparado com as mulheres, N= 424.725. No entanto a TM foi maior entre as mulheres, TME= 18,6, em relação aos homens, TM= 16,1%. Na mortalidade em geral, o número de óbitos foi maior entre os pacientes maiores de 80 anos com 33,6% e menor entre os pacientes de 5-9 anos de idade com 0,5%.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Observa-se a importância do conhecimento do perfil epidemiológico da morbimortalidade por SEPSE por parte dos profissionais da saúde e dos gestores públicos, no intuito de priorizar o reconhecimento precoce de sinais e sintomas de alerta, identicação dos fatores de risco, concentrar esforços e integrar recursos humanos, visando reduzir a mortalidade e melhorar o prognóstico, assim como o investimento em pesquisas, referentes a este agravo, que traz enormes custos à saúde pública.

Palavras-chave

Sepse, óbitos, saúde pública.

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - Maranhão - Brasil

Autores

SAMARA BELCHIOR GAIDO