15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

CARDIOPATIA CONGÊNITA: ESTUDO SOBRE UM COMPLEXO RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

Cardiopatia Congênita (CC) é a anomalia congênita mais comum em recém-nascidos. Cardiopatia Congênita Crítica é definida como aquela que necessita de intervenção cirúrgica ou via cateter em menos de 1 ano após nascimento, ocorrendo em aproximadamente 25% dos acometidos por CC.

Objetivos

Descrever e discutir o relato de caso de um paciente pediátrico do sexo feminino com Cardiopatia Congênita Crítica.

Caso

Paciente do sexo feminino, 1 mês, é trazida ao serviço de urgência devido a episódio súbito de hipotonia, hipoventilação e cianose. Na chegada, demonstrava saturação de oxigênio em 20%, era taquipneica e bradicárdica, estava com extremidades frias e sem febre. Foi intubada, medicada e transferida à Unidade de Tratamento Intensiva Pediátrica (UTIP). Ao exame físico, já na UTIP, apresentava-se em grave estado geral, cianótica, hipotérmica, porém com bons pulsos; estava sedada e intubada com Tubo Endotraqueal. Tinha fontanela anterior normotensa, ausculta pulmonar com murmúrio vesicular levemente diminuído à esquerda, sem ruídos adventícios; ausculta cardíaca de ritmo regular, 110 batimentos cardíacos por minuto, apresentando sopro facilmente audível. Abdome sem alterações. O histórico médico pregresso evidenciava diagnósticos de isomerismo atrial direito, dextrocardia, drenagem venosa pulmonar anômala total, defeito no septo atrioventricular completo não balanceado com hipoplasia de ventrículo direito, persistência do canal arterial, asplenia e pulmões trilobados bilateralmente. Foi realizado manejo medicamentoso até estabilização da paciente e, após, foi encaminhada a serviço especializado. A cardiopatia congênita é a mais comum anomalia congênita em recém-nascidos, com prevalência de 1%. Comumente, é associada a síndromes genéticas. Seu diagnóstico precoce tem grande importância na morbimortalidade; apesar, até 30% dos casos podem não ser evidenciados clinicamente nos primeiros dias de vida. Nesses casos não diagnosticados, os pacientes podem apresentar deterioração clínica importante após alguns dias do nascimento, inclusive com risco de vida. Embora mesmo sem quadro clínico importante, o atraso no diagnóstico traz, em infantes com Cardiopatia Congênita Crítica, risco de mais de 30% de mortalidade.

Conclusões/Considerações finais

A Cardiopatia Congênita é importante no estudo pediátrico. Exames de rastreio e uma boa equipe no exame ao recém-nascido são imprescindíveis em qualquer serviço de neonatologia. O diagnóstico precoce dessas anomalias é indispensável, inclusive diminuindo morbimortalidade.

Palavras-chave

Cardiopatias Congênitas; Medicina de Emergência; Cuidados Críticos; Serviços de Saúde da Criança.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Católica de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Rafaela Paulino, Guilherme Pitol, Rafael Pelissaro, Frederico de Lima Gibbon, Luciana Azambuja Al-Alam, Larissa Hallal Ribas