Dados do Trabalho

Título

IMPACTO DA OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DO PÉ DIABÉTICO

Fundamentação/Introdução

O diabetes mellitus é um distúrbio crônico que compromete o metabolismo de substâncias produtoras de energia. Uma das suas complicações é o surgimento de úlceras nos membros inferiores que podem evoluir com amputação. A oxigenoterapia hiperbárica vem sendo utilizada no tratamento de feridas, principalmente em pacientes com “pé diabético”.

Objetivos

Verificar os efeitos do uso da oxigenoterapia hiperbárica em lesões do tipo pé diabético de pacientes atendidos na clínica de Medicina Hiperbárica e Tratamento de Feridas, especializada em cicatrização de feridas, nos primeiros dois anos de funcionamento em Sergipe

Delineamento e Métodos

Estudo transversal retrospectivo, em pacientes em tratamento de feridas em pé diabético, na clínica de Medicina Hiperbárica e Tratamento de Feridas . Foram analisados os prontuários dos pacientes do período de 20/07/2017-13/02/2019. Foram utilizadas as variáveis: sexo, faixa etária, antecedentes pessoais, tempo de lesão, área da lesão.

Resultados

Foram selecionados 17 prontuários de pacientes que utilizaram a oxigenoterapia hiperbárica, dos quais 53% eram homens, 43% mulheres. Faixa etária de 58-93 anos, sendo 47% na 6ª década de vida. O tempo da lesão variou entre 1 mês da origem dos sintomas até 7 anos de progressão do quadro até o término do estudo. 50% deles relataram que as lesões surgiram um ano antes do início do tratamento proposto no estudo. Mais de 50%, não souberam referenciar o tempo de progressão das lesões. Das lesões que possuíam escala, foi possível estimar a sua área digitalmente através do programa imagej®. Mesmo com a amostra pequena notou-se que muitos pacientes tiveram a área total da ferida reduzida após pouco tempo de tratamento.

Conclusões/Considerações finais

Apesar da escassez de informações no meio acadêmico sobre a utilização da oxigenoterapia hiperbárica no tratamento de úlceras em pé diabético, observamos nos resultados obtidos melhora no padrão das lesões nos pacientes tratados. É necessário expandir o número de pacientes para alcançar uma amostra significativa, padronizar as técnicas de planimetria digital, tanto em aquisição, como estatística das imagens obtidas. Apesar da, ainda, pouca utilização no Brasil, a oxigenoterapia hiperbárica deve fazer parte do arsenal terapêutico, para tratamento de feridas de maneira geral, e, principalmente, nas dos pacientes com pé diabético.

Palavras-chave

Pé-diabético; Oxigenoterapia Hiperbárica; úlceras diabéticas

Área

Clínica Médica