15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Terapia Antimicrobiana em um Hospital Escola

Fundamentação/Introdução

A prescrição de antifúngicos é crescente nas UTIs, principalmente pelo aumento do número de pacientes imunodeprimidos, pela utilização de métodos invasivos e pela prescrição de antibióticos de largo espectro. O aumento de infecções fúngicas é diretamente proporcional ao tempo de internação hospitalar e à morbimortalidade do paciente.

Objetivos

Houve a tentativa de identificar quais os principais antifúngicos prescritos em Unidades de Tratamento Intensivo em um Hospital da região do Vale do Rio Pardo.

Delineamento e Métodos

Por meio de um estudo retrospectivo transversal, 86 prontuários de pacientes internados em UTI neonatal e pediátrica que utilizaram antifúngicos foram analisados, datados do período de setembro de 2017 a setembro de 2018.

Resultados

Dos 81 prontuários dos pacientes internados em UTI neonatal, 65,43% receberam alta; 29,62% evoluíram para óbito e 4,93% foram transferidos. A maior parte deles eram do sexo feminino (55,5%). O tempo de internação foi de 1 a 105 dias, com média de 33,71 dias. 64,2% utilizaram o Sistema Único de Saúde (SUS), 33,3% utilizaram convênios (sendo UNIMED o mais prevalente) e 2,47% foram internações particulares. Os antifúngicos utilizados foram: Nistatina creme (51,85%), Fluconazol (27,78%), Anidulafungina e Cetoconazol (5,56%), Nistatina suspensão oral (4,62%), Micafungina (2,78%), Anfotericina B (1,85%). Houve associação de até duas dessas medicações em 24,69% dos casos e de até 3 medicações a taxa foi de 17,28%. Na UTI pediátrica, a idade mínima foi de 1 ano e máxima de 8 anos, sendo a média de 3,8 (representando 5,81% dos pacientes pesquisados). 66,67% tiveram alta, eram do sexo masculino e usavam o SUS. A taxa de 16,67% é comum para aqueles que evoluíram para o óbito, eram do sexo feminino, usavam a UNIMED e utilizaram até duas classes de antifúngicos. O tempo de permanência da internação foi de 13 a 46 dias, sendo a média de 15 dias. Todos eles utilizaram Nistatina creme e apenas um paciente utilizou o Cetoconazol.

Conclusões/Considerações finais

O conhecimento dos principais medicamentos antifúngicos regionais é essencial para análise do perfil epidemiológico dos pacientes acometidos por infecções fúngicas, para adequar a prescrição da medicação e para prevenir mecanismos de resistência. Na pediatria, há destaque da utilização deles não só como tratamento, mas também como profilaxia de sepse neonatal.

Palavras-chave

antifúngicos; UTI

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade de Santa Cruz do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Giana da Silva Lima, Isabela Terra Raupp, Victória Porcher Simioni, Morgana Pizzolatti Marins, Paula Fischer