Dados do Trabalho
Título
TUMOR DE GLÂNDULA PINEAL: UM RELATO DE CASO
Introdução/Fundamentos
A glândula pineal encontra-se no epitálamo, sendo que sua função está relacionada com a secreção de melatonina e a regulação do ciclo circadiano. Os tumores que acometem essa glândula são extremamente raros.
Objetivos
Relatar um caso de uma paciente que foi encaminhada ao nosso hospital e revisar a literatura referente ao tumor de glândula pineal.
Caso
D.A.P.S., 49 anos, encaminhada ao serviço de oncologia por turvação visual bilateral de início insidioso há dois meses, pior em olho direito, com vertigem, náusea e vômitos associados. Relatava cefaléia intermitente leve, com foco em região occipital aliviada por analgesia simples. Apresentava quadro de insônia, sonolência diurna e astenia. Ao exame físico, não apresentava déficits motores ou sensitivos aparentes. O campo visual e a motricidade ocular extrínseca estavam preservados. A paciente utilizava uma derivação ventriculoperitoneal com válvula retroauricular por hidrocefalia. A ressonância magnética indicou lesão expansiva na glândula pineal, sugerindo neoplasia primária. O laudo anatomopatológico acusou neoplasia pouco diferenciada de padrão papilar. Após a ressecção do tumor, foi aberto protocolo de morte encefálica. O caso relatado consiste em um tumor neuroepitelial raro da glândula pineal, definido por arquitetura papilar. Esses tumores afetam crianças e adultos, comumente na 3ª década de vida. Originam-se a partir dos ependimócitos especializados do órgão subcomissural, que reveste a comissura posterior, e apresentam diferenciação ependimal. Segundo a literatura, os principais sintomas encontrados são turvação visual, cefaleia e vertigem, corroborando com as queixas relatadas. A hidrocefalia é descrita como complicação frequente, bem como neste caso. A terapia instituída se deu pela ressecção tumoral total, conforme descrito na literatura.
Conclusões/Considerações finais
Apesar da baixa incidência, o conhecimento sobre esse tipo de tumor é necessário por sua clínica específica, inicialmente insidiosa e posteriormente debilitante, bem como por sua distribuição etária mais prevalente em jovens.
Palavras-chave
Hidrocefalia, Glândula pineal, Neoplasia, Arquitetura papilar.
Área
Clínica Médica
Instituições
Faculdades Pequeno Príncipe - Paraná - Brasil, Hospital Universitário Evangélico Mackenzie - Paraná - Brasil
Autores
Anna Carolina Neiverth, Vitória Diana Mateus de Almeida Gonçalves, Giuliano Camati Dourado, Vinícius Nicolelli Coelho