15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

CONDUTA EMERGENCIAL EM CASOS DE INTOXICAÇÃO POR ANESTESICOS LOCAIS: LIDOCAÍNA E BUPIVACAÍNA

Fundamentação/Introdução

Introdução: Os anestésicos locais (AL) são fármacos empregados de forma terapêutica com a finalidade de promover a anestesia e analgesia. Correspondem ao bloqueio reversível da condução nervosa, através da inibição dos canais de NA+ dependente de voltagem, o que determina a perda das sensações sensitivas e motoras sem alteração do nível de consciência. Para serem administrados de forma segura e não ocorram intoxicações, as doses máximas dos AL devem ser respeitadas.

Objetivos

Objetivos: Evidenciar a importância do conhecimento teórico com relação aos efeitos colaterais dos AL, a fim de reduzir riscos clínicos de sua abordagem terapêutica.

Delineamento e Métodos

Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica que usou artigos científicos contidos na base de dados da Scielo, revistas de emergência e revistas cientificas.

Resultados

Resultados: Os sinais e sintomas característicos de intoxicação ocorrem principalmente no SNC e com menos frequência no sistema cardiovascular. A toxicidade geralmente é dose-dependente, e a rápida elevação da concentração plasmática é um dos principais fatores envolvidos. É indispensável que o médico que realizará o procedimento tenha em mente a prevenção de possíveis complicações. Diante da hipótese e diagnóstico de intoxicação, devem ser tomadas medidas para diminuir a morbidade e a mortalidade. A toxicidade cardiovascular (hipotensão, bradicardia e hipoxemia arterial) produzida pelos AL menos potentes e menos lipossolúveis, como a lidocaína, é diferente daquela produzida por anestésicos mais potentes e mais lipossolúveis como a bupivacaína, que é mais cardiotóxica. À proporção que os níveis plasmáticos da fração livre dos anestésicos se elevam, causam depressão dos centros do raciocínio e cognitivo, ocorrendo sintomas como: tontura, zumbido, entorpecimento da língua, dormência perioral e gosto metálico. Se a quantidade de AL for ainda maior, podem surgir convulsões, inconsciência, coma, parada respiratória e depressão cardiovascular. Em caso de suspeita de intoxicação por AL, o médico deve seguir a respectiva conduta: suspender a medicação, acesso venoso calibroso, manter a via aérea pérvea, controle das convulsões, se PCR iniciar ACLS, considerar emulsão lipídica.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: Diante disso, vê-se uma necessidade de uma orientação mais realista por parte das instituições de ensino para com seus alunos, aprofundado nas técnicas teóricas e práticas emergenciais, visto que, em sua grande maioria, são procedimentos que requerem treinamento contínuos.

Palavras-chave

Palavras chaves: Anestésicos Locais; Intoxicação; Emergência.

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade de Medicina Nova Esperança - Paraíba - Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

Amanda Laysla Rodrigues Ramalho, Thainara Félix Diniz Araújo , Arthur Santana Silva, Arthur Ennyo Sarmento Pereira, Leonardo Farias Guerra Guerra, Felipe Gurgel de Araújo