Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE COMPARATIVA DA PREVALÊNCIA E TAXA DE MORTALIDADE POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ENTRE REGIÕES BRASILEIRAS

Fundamentação/Introdução

Nas últimas décadas, o cenário epidemiológico mundial revelou crescimento das doenças cardiovasculares, das quais o infarto agudo do miocárdio (IAM) é a patologia que mais acomete e merece destaque devido a sua severidade. Há uma elevada taxa de mortalidade no Sistema Único de Saúde brasileiro que é atribuída, principalmente, às dificuldades de tratamento em Unidade de Terapia Intensiva, métodos de reperfusão como também medidas terapêuticas estabelecidas para o IAM.

Objetivos

Objetiva-se estimar o impacto nacional do Infarto Agudo do Miocárdio, uma das principais causas de morte no Brasil e uma das principais consequências da hipertensão arterial sistêmica.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo retrospectivo através do estudo da prevalência e taxa de mortalidade de infarto agudo do miocárdio no intervalo de 2015 a 2018. Os dados foram obtidos a partir dos casos de infarto agudo do miocárdio desde 2015 (SIH/SUS) através do número de casos confirmados segundo região de notificação.

Resultados

Nos últimos 4 anos, foram notificadas 431.908 indivíduos acometidos pelo IAM. A região mais prevalente foi a Sudeste, com aproximadamente 50% dos casos. Em seguida, encontra-se região Nordeste, com cerca de 19% dos casos. A região menos prevalente é a Norte, com 18.428 casos, o equivalente a 4%. No mesmo intervalo de tempo foram notificados um total de 47.607 óbitos pelo IAM. Sendo o Nordeste a região com a maior taxa de mortalidade, seguido pelas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, respectivamente.

Conclusões/Considerações finais

Depreende-se dos resultados que apesar da região Sudeste ter a maior prevalência dos casos de IAM, a região Nordeste é a que abriga a maior taxa de mortalidade pela doença. Apesar da região sudeste sabidamente apresentar condições propícias à persistência de casos de IAM, devido ao estilo de vida dos grandes contingentes populacionais da região, pode-se observar que a região nordeste, com perfil socioeconômico oposto, é a que possui a maior taxa de mortalidade. Ao mesmo passo que se faz necessário investigar o motivo dessa disparidade, ela pode estar relacionada ao provável maior número de diagnósticos realizados e ao melhor perfil intervencionista dos hospitais da região Sudeste, quando comparados com os da região Nordeste.

Palavras-chave

Comparativo; Prevalência; Taxa de mortalidade; Infarto Agudo do Miocárdio; Regiões Brasileiras.

Área

Clínica Médica