15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

O aumento na taxa de mortalidade por doença hepática alcoólica em uma cidade no interior do Rio Grande do Sul nos anos de 2013 e 2018

Fundamentação/Introdução

O consumo excessivo de álcool está associado a manifestações hepáticas como doença hepática gordurosa alcoólica, hepatite alcoólica e cirrose. Entre aqueles que desenvolvem doença hepática por tal causa, os sintomas geralmente surgem apenas após a doença hepática grave, fato que reflete a alta taxa de mortalidade relacionada a tal condição.

Objetivos

Analisar a taxa de mortalidade por doença hepática alcoólica em uma cidade no interior do Rio Grande do Sul de mais de trezentos mil habitantes, nos anos de 2013 e de 2018 e propor formas de reverter o curso desses dados, visto que a causa da patologia é decorrente de um fator de risco modificável.

Delineamento e Métodos

Estudo ecológico quantitativo com dados coletados no sistema DATASUS sobre a taxa de mortalidade por doença hepática alcoólica em dois momentos, nos anos de 2013 e de 2018.

Resultados

A taxa de mortalidade por doença hepática alcoólica aumentou significativamente em tal comparativa. No primeiro ano, foi descrito uma taxa de mortalidade de 6,67%. Já em 2018, evidenciou-se o valor de 45,45%. Duas hipóteses podem ser levantadas para explicar esse perfil: a primeira está associada ao aumento da ingestão abusiva de álcool, com início cada vez mais precoce somada ao elevado índice de patologias psiquiátricas da sociedade contemporânea; A segunda hipótese condiz com processo de degeneração alcoólica ser classicamente lento, progressivo e com manifestações clínicas tardias que podem culminar em lesões irreversíveis ao parênquima hepático. Dessa forma, o comportamento atual da população somado à fisiopatologia típica do processo da doença, possivelmente resultaram nesse evidente aumento quantitativo de mortalidade.

Conclusões/Considerações finais

É de relevância abordar o presente tema por se tratar de uma condição que apresenta como base um fator de risco modificável. Infelizmente, os achados clínicos tardios de tal patologia - que causam uma agressão ao parênquima hepático silenciosa - quando manifestos, muitas vezes são irreversíveis. Diante disso, como abordagem prática de prevenção da doença hepática alcoólica e como medida de amparo à saúde pública, são indispensáveis medidas sociais e educacionais somadas ao diagnóstico precoce e auxílio multiprofissional aos doentes ainda em fases iniciais da doença.

Palavras-chave

Doença hepática alcoólica. Taxa de mortalidade. Fator de risco modificável. Diagnóstico precoce.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Católica de Pelotas - Pernambuco - Brasil

Autores

Alexandra Lopes Cousin, Daniela Nogueira Zambrano, Julia Gheno dos Santos, Bruna Laila Tansini, Luiza Zaziki Millani, Vitoria Borges Pasquali