15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

DESENVOLVIMENTO LENTO E SILENCIOSO DE HEPATOCARCINOMA: UM RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

O hepatocarcinoma tem prevalência média duplicada em países subdesenvolvidos em relação aos países mais ricos. O fato de o Fígado receber toda a circulação sanguínea do sistema digestivo pelo sistema porta torna esse órgão alvo fácil de metástases carcinogênicas que ocorrem primeiramente no Trato Gastrointestinal (TGI), sendo essa a etiologia mais comum para o desenvolvimento de neoplasias nesse órgão. A relativa elevada prevalência atual tanto do vírus da Hepatite C (HCV), como também o vírus da hepatite B (HBV) tornam os processos carcinogênicos não metastáticos geralmente explicados por essas infecções virais. Fatores de risco como Tabagismo ou Alcoolismo aumentam ainda mais a chance de desenvolver o Hepatocarcinoma.

Objetivos

Destacar a importância do conhecimento de neoplasias silenciosas, tendo em vista a prevalência das mesmas, sendo de suma importância instituir o tratamento precocemente.

Caso

Paciente 62 anos, branco, casado, apresentou dor abdominal intensa após cirurgia de hérnia inguinal, procurando serviço médico, relatando moderada icterícia e fezes de consistência mais claras, não sabendo a duração exata desses sinais. Após uso de exames complementares de imagem, com ultrassonografia e biópsias hepáticas respectivamente sendo investigada também sua história clínica, firmou-se diagnóstico de Hepatocarcinoma. Paciente sem qualquer fator de risco como tabagismo que possibilitassem risco para desenvolvimento neoplásico. A infecção por vírus hepático, como os responsáveis pela Hepatite A, Hepatite B, Hepatite C também foram negados. As únicas alterações observadas no estudo da história clínica foram o fato de o paciente ser hipertenso controlado durante 30 anos, com uso de medicação Captopril, inibidora do sistema Renina-Angiotensina e um relato anterior de pneumotórax com posterior drenagem do ar na cavidade pleural. No estudo, não houve evidência de qualquer relato de neoplasia no Trato Gastrointestinal.

Conclusões/Considerações finais

A plena análise do Estudo de Caso, com a análise das referências bibliográficas utilizadas, permite estabelecer que, caso não haja exposição dos fatores de risco estudados, abre-se uma ampla janela para o desenvolvimento silencioso e raro de neoplasias hepáticas. Atenta-se como conclusão a necessidade de exames de imagem que possam ser utilizados como controle para pessoas mais idosas, embora a efetividade de tal método seja contestada pelos enormes custos que desencadearia para a saúde pública.

Palavras-chave

Neoplasias Hepáticas; Metástase Neoplásica; Hepatite; Fatores de Risco.

Área

Clínica Médica

Autores

Lucas Rodrigues Mostardeiro, Guilherme Pitol, Rafaela Paulino, Luisa Emely Lise Simoneti , Sabrina Costacurta, Thomaz Rodrigues Mostardeiro