Dados do Trabalho
Título
ABORDAGEM NO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE ÓSSEA – RELATO DE CASO
Introdução/Fundamentos
A tuberculose no Brasil representa a quarta causa de morte por doença infecciosa, com incidência em torno de 42 casos por 100.000 habitantes por ano. Seu agente etiológico faz parte do complexo Mycobacterium tuberculosis. A forma óssea é mais comum em crianças ou acima de 40 anos, acometendo principalmente a coluna vertebral e as articulações coxofemoral e do joelho. Por apresentar diversas manifestações clínicas, não há unanimidade quanto a forma de tratamento, englobando poliquimioterapia, excisão do foco infeccioso e artrodese.
Objetivos
O presente trabalho visa relatar o caso de um paciente com Tuberculose óssea na cidade de Fernandópolis.
Caso
Paciente, sexo masculino, 54 anos, residente em Fernandópolis/SP. Em 2014 sofreu uma queda da própria altura, fraturando a clavícula esquerda. Foi submetido a cirurgia reparadora e subsequente reabilitação. Após um ano de fisioterapia, apresentou sinais flogísticos e secreção purulenta. O paciente foi referenciado ao Hospital de Base, em São José do Rio Preto/SP e diagnosticado com osteomielite baseado nos sinais clínicos e na ressonância nuclear magnética, não foi realizado punção óssea. Iniciou o tratamento com Vancomicina e Meropenem por quinze dias.
Durante o tratamento foi realizada biópsia óssea com resultado positivo para tuberculose óssea. O paciente foi encaminhado ao Centro de Atendimento a Doenças Infecto Contagiosas e Parasitárias (CADIP) de Fernandópolis, sendo realizado o teste de sensibilidade, e o material clínico foi o isolado bacteriano. Como resultado do teste: – Complexo Mycobacterium tuberculosis, sensível a Isoniazida e Rifampicina.
Iniciou tratamento no esquema RIPE (Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida, Etambutol) por 1 ano. Foram realizadas três baciloscopias para seguimento, todas negativas. Finalizado o tratamento, o paciente segue com retornos a cada 90 dias e fisioterapia semanal. Neste caso, obteve-se a cura com tratamento medicamentoso por 12 meses ao invés de 6, como recomenda o Manual da Secretaria de Vigilância em Saúde de 2019.
Conclusões/Considerações finais
Infere-se que o manejo do caso clínico necessita de um diagnóstico preciso, da terapêutica correta e da prevenção de possíveis complicações. Além disso, a extensão do esquema terapêutico mostrou-se imprescindível na eficácia do tratamento, reduzindo assim a morbimortalidade do paciente.
Palavras-chave
Tuberculose, Tuberculose óssea, Terapêutica.
Área
Clínica Médica
Instituições
UNIVERSIDADE BRASIL - São Paulo - Brasil
Autores
Rafael Moretti da Costa, Driellen Lorene Lourenção Perezi Marçal, Mariana de Almeida Lima, Cinthia Abilio, Laura dos Reis Chalub