15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

IMPLANTE PERCUTÂNEO DE VALVA AORTICA EM PACIENTE NONAGENÁRIA COM DISFUNÇÃO VENTRICULAR IMPORTANTE – RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

O tratamento de escolha para estenose aórtica sintomática é substituição da valva por cirurgia a céu aberto. Contudo, tal procedimento é considerado de alto risco para pacientes idosos e com comorbidades. Dessa forma, a melhor escolha pra esses pacientes é o implante transcatéter de bioprótese valvar aórtico (TAVI), devido ao baixo risco operatório ou apenas tratamento clínico. A escolha entre os dois tipos de tratamento seguiu os critérios do estudo PARTNER que demonstrou redução drástica da mortalidade precoce e tardia dos pacientes tratados com o TAVI quando comparados aos que receberam apenas tratamento clínico.

Objetivos

O objetivo do relato de caso é evidenciar abordagem intervencionista da estenose aórtica severa em paciente bastante sintomático e atuar na redução da morbidade e mortalidade da paciente.

Caso

Paciente, feminino, 92 anos, procurou atendimento referindo forte dor torácia e dispnéia. Paciente hipertensa, dislipidêmica, osteoporótica, edema pulmonar cardiogênico de vegetação com insuficiência cardíaca NYHA II-III, apresentando bloqueio de ramo esquerdo ao ECG. Eco Doppler Transtorácico(ETT) evidenciou valva aórtica com válvulas espessadas e calcificadas, com abertura e mobilidade reduzidas, exibindo refluxo discreto (Gradiente Sistólico GS máximo: 38,7mmHg, GS médio: 23,7 mmHg), com Abertura Valvar(AV): 0,77cm2. Além disso a paciente também apresenta insuficiência mitral moderada, refluxo tricúspide, ectasia moderada da aorta ascendente, disfunção sistólica importante do ventrículo esquerdo e hipertensão arterial pulmonar moderada. A correção da estenose foi feita por TAVI prótese COREVALVE n26. Foi realizado novo ETT pós cirúrgia evidenciando endoprótese em posição aórtica com folhetos finos e abertura preservada, com GS máximo: 15mmHg, Gs médio: 6mmHg e AV:2,0cm2. Uma nova crise dispneica ocorreu após o TAVI, na qual a paciente ficou na UTI por 5 dias. Após internação na UTI a paciente evoluiu progressivamente, com alívio sintomático, deambulando até a alta hospitalar.

Conclusões/Considerações finais

Apesar do perfil da paciente, o TAVI, devido ao aumento considerável da abertura valvar e à redução do gradiente sistólico, concomitante à diminuição da frequência de recorrência do edema agudo do pulmão se mostra superior ao tratamento conservador.

Palavras-chave

TAVI, Estenose Aórtica, Cardiologia Intervencionista, ICC

Área

Clínica Médica

Autores

Camilla Urtiga Guedes, Amanda Wong Rodrigo, Karoliny Cristina Franca Gomes , Monique Rafael Pessoa Araújo, Nayara Karla Urtiga Pereira, Stela Ferreira Gadelha Mendes