15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

EMPIEMA PLEURAL SECUNDÁRIO À CELULITE DE PELE

Introdução/Fundamentos

Introdução/Fundamentos: Empiema pleural é definido com a presença de pus na cavidade pleural, cujas etiologias mais comuns são infecções pulmonares pré-existentes, procedimentos cirúrgicos torácicos e trauma torácico penetrante. Empiema pleural secundário a infecções de estruturas contíguas à pleura, como parede torácica, são bem menos frequentes.

Objetivos

Objetivos: Descrever um caso raro de empiema pleural secundário à celulite de pele.

Caso

Caso: Feminina, 58 anos, hipertensa, diabética, amputação prévia de membro inferior. História de tuberculose há 15 anos. Iniciou com abaulamento associado a sinais flogísticos em escápula direita. Após dez dias do início dos sintomas, evoluiu com dispneia intensa e sensação febril. Negou tosse, dor torácica ou outros sintomas. Ao exame físico, apresentou murmúrio vesicular diminuído à direita e estertores bibasais. Tomografia de tórax evidenciou extenso derrame pleural à direita, além de volumosa coleção em parede torácica adjacente (anterior, posterior e lateral), colapso de lobos médio e inferior do pulmão direito, colapso subtotal do lodo superior do pulmão direto, faixas de atelectasias em pulmão esquerdo e desvio do mediastino para esquerda. Análise do líquido pleural drenado revelou LDH 17.691UI/L, confirmando característica exsudativa, e cultura positiva para Staphylococcus Aureus MultiS ADA 150.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Empiema pleural geralmente decorre de infecções pulmonares pré-existentes, cirurgias torácicas e trauma torácico penetrante. Infecções de órgãos contíguos a pleura, como neste caso, são causas menos comuns, existindo poucos casos relatados. A doença ocorre com maior frequência em idosos, debilitados e portadores de menores condições sociais. Presença de neoplasias, imunossupressão e diabetes favorece o aparecimento do empiema pleural. Por conseguinte, a condição prévia de fragilidade da paciente, incluindo idade e comorbidades prévias, como diabetes e amputação, contribuiu para que a celulite de pele avançasse até a pleura. Ademais, a ausência de outros sintomas respiratórios, como tosse, a presença de importante coleção em parede torácica em tomografia de tórax e o resultado da análise do líquido pleural drenado corroboram para a coerência da hipótese diagnóstica.

Palavras-chave

Empiema; Celulite.

Área

Clínica Médica

Autores

Anna Carolina Ribeiro de Oliveira, Letícia Bendo, Tiago Spiazzi Botega